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Janaina critica Moro e diz que ex-ministro está se "vitimizando'

11.fev.2020 - A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) em discurso na tribuna da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) - Maurício Garcia de Souza/Alesp
11.fev.2020 - A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) em discurso na tribuna da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) Imagem: Maurício Garcia de Souza/Alesp

Do UOL, em São Paulo

27/07/2020 10h58

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) criticou Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, após ele ter dito que "foi usado" pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) para viabilizar o discurso anticorrupção.

Na avaliação da advogada, Moro está se vitimizando, mas voltou a dizer que o apoiaria como candidato às eleições de 2022. "Não sei quem o está aconselhando, não sei se alguém está aconselhando. Mas essa ladainha de que foi usado vai afundá-lo! Vitimização é coisa de quem não tem proposta. Não quero uma vítima como candidato em 22! Quero um protagonista! Moro já foi protagonista e pode voltar a ser!", postou ela em seu perfil no Twitter na manhã de hoje.

Ontem, em uma entrevista publicada no jornal britânico Financial Times, Moro disse que o governo de Jair Bolsonaro usou sua presença na equipe ministerial como desculpa para demonstrar que medidas anticorrupção estariam sendo tomadas. "Eles estavam usando minha presença como uma desculpa, então eu saí. A agenda anticorrupção tem sofrido reveses desde 2018", disse Moro à publicação.

A deputada manifestou que pode apoiar Moro em uma eventual candidatura à Presidência da República, mas espera uma mudança de comportamento. Ela afirmou ainda que não sabe se ele tem ou não interesse em se candidatar

"Eu não escondo de ninguém minha admiração por ele e a propensão de o apoiar em uma possível candidatura em 22. Mas já estou cansada de ouvir lamúrias. Alguém que queira governar o Brasil precisa ter a capacidade de virar a página!", escreveu.

Ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Moro deixou o governo em abril após alegar interferências do presidente Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal.