Chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro nega ter sido avisado sobre operação
Miguel Angelo Braga Grillo, chefe de gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), negou em depoimento ao MPF-RJ (Ministério Público Federal do Rio de Janeiro) a acusação de que teria recebido informação prévia sobre a Operação Furna da Onça, da Polícia Federal. O vídeo do depoimento foi obtido e divulgado pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
O depoimento, do dia 10 de junho, faz parte da investigação que apura se a operação, que revelou suspeitas sobre Fabrício Queiroz, vazou.
Quem denunciou o suposto vazamento foi o empresário Paulo Marinho. Em depoimento, ele afirmou que Flávio teria recebido informações sigilosas sobre a operação e que os dois fizeram uma reunião em dezembro de 2018 para discutir estratégias. O senador confirma a reunião, mas nega o vazamento.
O chefe de gabinete, conhecido como Coronel Braga, afirma que quando Flávio era deputado eles foram pelo menos três vezes à sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro para visitas institucionais.
Em uma das visitas, os dois ajudaram a chefe de segurança da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro a conseguir licença para porte de armas:
"Ela pleiteou o porte de arma e pediu se poderíamos ajudar, já que o pedido anterior foi negado. Obtivemos a orientação de como deveria ter sido feito o requerimento dela, que ela usasse o argumento."
Braga afirma não ter recordações de uma dessas visitas ter acontecido em outubro de 2018, quando Marinho afirma que aconteceu o vazamento.
"Eu posso ter estado, não sei. Posso ter estado com Victor [Granado, amigo de Flavio Bolsonaro]. Se eu estive, nunca tratei de nada que dissesse respeito a qualquer operação. Seja com agente, com delegado."
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