Brasil também quer ajudar na reconstrução política do Líbano, diz Temer
Chefiando uma comitiva de missão humanitária no Líbano, o ex-presidente Michel Temer disse que, além da ajuda com alimentos e remédios, o governo brasileiro pretende auxiliar também na recomposição política do país.
"Havia pedido na embaixada que chamassem os líderes das várias composições religiosas. O objetivo desse encontro é religar as coisas e as pessoas. Que quem estiver na área religiosa possa colaborar para a unidade de ação, especialmente com auxílios do exterior, para muito rapidamente construir fisicamente Beirute e fazer uma boa construção política. Todos eles receberam muito bem essa oferta do governo brasileiro", explicou Temer em entrevista à Rádio Jovem Pan.
O ex-presidente também negou a informação divulgada em alguns jornais de que a metade da capital do Líbano teria sido destruída na explosão.
"Já estive aqui e realmente não é uma parte de Beirute que está destruída, é assustador e entristecedor o que aconteceu no porto, a explosão destruiu praticamente tudo e também nas imediações, alguns quilômetros", ressaltou.
Responsabilidade fiscal e teto de gastos
Questionado sobre o teto de gastos durante a pandemia do coronavírus, Temer disse que é compreensível neste momento a obtenção de créditos extraordinários.
"Apesar de termos editado uma emenda constitucional [durante seu governo] que fixa o teto de gastos públicos, em situações de calamidade pública, como foi o caso da pandemia, é perfeitamente possível ter os créditos extraordinários, ou seja, temporariamente pode ultrapassar o teto constitucional, mas sem eliminá-lo, porque a eliminação vai criar problemas sérios até de credibilidade do país em relação ao exterior."
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