Ministro das Comunicações diz que a 'paz continua' após ataque de Bolsonaro
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou via Twitter que "a paz continua" no governo federal mesmo após os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Conversei agora com o presidente Jair Bolsonaro. Aviso aos torcedores do caos e do conflito diário: perderam. A paz continua!", escreveu o ministro.
Ontem, Bolsonaro rompeu a "moderação" dos últimos meses quando foi questionado por um repórter do jornal O Globo sobre o motivo de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, ter depositado cheques na conta bancária da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Ele respondeu: "Minha vontade é encher tua boca com uma porrada, tá. Seu safado". Já hoje, ele chamou jornalistas de "bundões" e disse que eles têm menos chances de sobreviver da covid-19 do que ele, o presidente da República.
Disposto a reverter sinais de queda de popularidade e neutralizar danos provocados por uma imagem impetuosa e beligerante, Bolsonaro inaugurou nos últimos meses o que tem sido chamado de fase "paz e amor".
Com uma postura menos ruidosa e sob tutela de militares e parlamentares aliados, o presidente se aproximou do Congresso, buscou aparar arestas com o Judiciário e promoveu ajustes na relação com a ala mais radical de apoio. O contato com seus seguidores também foi revisto a fim de evitar que suas as declarações servissem como ponto de partida para crises institucionais.
Perguntas a Bolsonaro sobre cheques de Queiroz viralizam
Entidades jornalísticas e de defesa dos direitos humanos condenaram a atitude do presidente de ameaçar o repórter. A pergunta viralizou nas redes sociais, alçando os termos Michelle, Queiroz e R$ 89.000 aos trending topics.
Sem comentar a repercussão, Bolsonaro divulgou um vídeo com apoiadores que mostra que ele provocou mais uma aglomeração em plena pandemia. Mais de 114 mil pessoas já morreram por covid-19 no Brasil.
A justificativa inicial de Bolsonaro —de que havia emprestado R$ 40 mil a Queiroz— não encontra amparo na quebra de sigilo bancário do ex-assessor suspeito de ser o operador das chamadas rachadinhas do gabinete de Flávio quando deputado na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). A prática envolve devolução de parte dos salários por servidores.
Ao todo, o ex-assessor Queiroz e a mulher dele, Márcia Aguiar, repassaram R$ 89 mil para a conta de Michelle Bolsonaro entre 2011 e 2016 —antes portanto de o marido assumir a Presidência da República.
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