Três ministros do STJ se declaram impedidos e deixam julgamento de Witzel

Três ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) se declararam impossibilitados de participar do julgamento sobre o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que acontecerá amanhã na corte. Um quarto ministro ainda analisa se participa da sessão.

Os ministros Herman Benjamin, João Otávio Noronha e Félix Fisher decidiram não participar do julgamento. Jorge Mussi avalia a situação e deve decidir até o final do dia.

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O afastamento dos três se dá por impedimento, quando o que o magistrado é obrigado a deixar de atuar num caso. Segundo o UOL apurou, as relações dos ministros com advogados do caso teriam pesado na decisão de Herman, Noronha e Fisher. Um ministro disse à reportagem que se menciona no tribunal a atuação de filhos de ministros como advogados de alguns suspeitos na investigação.

Elogiado pelo presidente Jair Bolsonaro, Noronha é apontado como um dos candidatos a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). O decano do Supremo, Celso de Mello, deixa o cargo neste ano.

Bolsonaro, que se tornou adversário de Witzel quando o governador do Rio passou a postular a Presidência em 2022, já descreveu sua relação com o ministro Noronha como um "amor à primeira vista".

Denunciado por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, Wilson Witzel foi afastado do cargo pelo ministro Benedito Gonçalves na sexta-feira passada (28). Amanhã, a Corte Especial do tribunal, formada pelos 15 magistrados mais antigos e responsável por julgar governadores, vai decidir se mantém ou não o afastamento de Witzel.

A regra no STJ determina a convocação dos três ministros mais antigos do tribunal, após os 15 que intregram a Corte Especial. Ainda hoje, foram convocados para atuar no julgamento de amanhã os ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Isabel Gallotti e Antonio Carlos Ferreira.