Cláudio Castro deseja 'pleno direito de defesa' para Witzel por afastamento
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), desejou que Wilson Witzel (PSC) tenha "pleno direito de defesa", após a decisão da Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de mantê-lo afastado do cargo de governador por 180 dias.
"O governador em exercício Cláudio Castro, diante da determinação do STJ, reafirma o seu compromisso de conduzir o Estado do Rio de Janeiro com serenidade, diálogo e austeridade. E reitera seu desejo de que o governador Wilson Witzel tenha todo direito de defesa plenamente garantido", afirmou a assessoria de Castro em nota oficial.
Votação no STJ
Na sessão de hoje, o voto do relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, foi referendado por 13 ministros —eram necessários no mínimo dez votos da Corte, composta por 15 ministros. Apenas um ministro foi contrário à medida: Napoleão Nunes Maia Filho.
O ministro Francisco Falcão relembrou a gravidade das suspeitas de fraude na saúde durante a pandemia do novo coronavírus. "Os fatos são graves, merecem apuração. No momento em que vivemos, em uma pandemia com mais de 120 mil vítimas, é impossível que alguém que esteja sendo investigado possa continuar exercendo um cargo tão importante", afirmou.
Já a ministra Nancy Andrigh disse que o afastamento de Witzel tem como objetivo frear a atuação do suposto esquema de corrupção. "A medida cautelar de suspensão do exercício da função pública tem o condão, em razão da urgência decorrente da pandemia e dos gastos que têm sido feitos para seu combate, de frear o interesse por contratações e repasses de valores às pessoas envolvidas."
Witzel diz nunca ter cometido atos ilícitos
Após o julgamento, Witzel se defendeu por meio de sua conta oficial no Twitter. O governador afastado afirmou que respeita a decisão do STJ, mas que nunca cometeu atos ilícios.
"Respeito a decisão do Superior Tribunal de Justiça. Compreendo a conduta dos magistrados diante da gravidade dos fatos apresentados. Mas, reafirmo que jamais cometi atos ilícitos", afirmou. Não recebi qualquer valor desviado dos cofres públicos, o que foi comprovado na busca e apreensão. Continuarei trabalhando na minha defesa para demonstrar a verdade e tenho plena confiança em um julgamento justo."
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