Embaixada nos EUA mantém diálogo com republicanos e democratas, diz Forster
O novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster, afirmou hoje que "mantém diálogo tanto com democratas quanto republicanos". Em outubro, os americanos vão às urnas para as eleições presidenciais, e pesquisas recentes de intenção de voto mostram o candidato democrata Joe Biden à frente do atual presidente Donald Trump.
Durante entrevista à CNN, Forster afirmou que a relação diplomática entre os países não está relacionada "com esse ou aquele partido". Ele completou dizendo: "Não faço prognóstico eleitoral, mas vai ser uma eleição muita apertada. Quem decide é o povo americano".
O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) mantém uma relação próxima com Donald Trump. Há poucos dias, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, visitou o Brasil e declarou: "A parceria EUA-Brasil segue forte à medida que cooperamos para combater a covid-19, avançamos com o crescimento econômico no hemisfério, e apoiamos o povo venezuelano".
Base de Alcântara
Forster também defendeu um acordo com os Estados Unidos para o uso da base de Alcântara. De acordo com ele, o Brasil tem muito interesse pelo potencial de "investimentos para a região", sem dar detalhes.
Além disso, o novo embaixador comentou sobre a importância de uma relação próximo com os Estados Unidos. "Se olharmos historicamente, desde a Segunda Guerra Mundial, os países que se aproximaram dos Estados Unidos, como Alemanha, Japão e Canadá, deram um salto econômico. Nossa relação de amizade com os EUA tem quase dois séculos, e a nossa visão é de que existe um potencial imenso para as duas democracias".
Queimadas no Brasil
Seguindo o discurso do presidente Bolsonaro na assembleia geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Forster disse que há muito desinformação. "As pessoas não entendem que, historicamente, [a queimada] é um método tradicional de preparação de solo. Dizem que a floresta Amazônica está queimando, mas sabemos que a floresta não pega fogo."
Em 2020, segundo o Inpe, foram identificados 69.527 focos de calor só na Amazônia, 13% a mais do que o registrado em todo o ano passado. Um maior aumento foi observado no Pantanal, onde foram detectados 15.894 focos - mais do que o triplo do balanço de 2019 (5.285).
Em declaração hoje na assembleia da ONU, Bolsonaro afirmou, sem provas, que os incêndios que atingem as regiões acontecem por iniciativa de caboclos e indígenas.
Em setembro deste ano, entretanto, pesquisadores do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da Universidade de Estocolmo publicaram uma carta na revista Science em que afirmam que boa parte das queimadas e do desmatamento na Amazônia, entre 2019 e 2020, está relacionada a "apropriação e desmatamento em larga escala" realizadas por médios e grandes fazendeiros.
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