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PF apura suposta contratação de disparo de mensagens pelo governo do PI

Operação da Polícia Federal foi batizada de "Fake SMS" - Reprodução/PF
Operação da Polícia Federal foi batizada de "Fake SMS" Imagem: Reprodução/PF

Do UOL, em São Paulo

16/10/2020 11h32Atualizada em 16/10/2020 13h11

A Polícia Federal deflagrou hoje uma operação para investigar suposta contratação de serviços de disparo automático de mensagens via aplicativo de mensagens, para fins eleitorais, pelo governo do Piauí.

A ação, batizada de "Fake SMS", cumpriu dois mandados de busca, expedidos pelo juízo da 98ª Zona Eleitoral, em Teresina (PI). Documentos, celulares e mídias de armazenamento foram apreendidos.

Segundo a PF, o material apreendido será analisado "com o objetivo de comprovar se o serviço contratado era utilizado com a finalidade específica de emitir mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato, partido ou coligação, o que constitui crime eleitoral".

O nome da operação, segundo a corporação, faz referência ao uso de serviço de mensagens (via WhatsApp) para suposta propagação de fake news.

Outro lado

Em nota, o governo do Piauí informou que não foi notificado ou acionado a respeito da operação e que não tem contrato com nenhuma empresa para envio de mensagens em massa e nem tem responsabilidade sobre contratos feitos por candidatos para fins eleitorais.

"Estranha ainda que o Governo do Estado seja citado em uma operação em que o material apreendido ainda será periciado, apontando o Governo como possível culpado em uma investigação que ainda será iniciada", diz o comunicado.

O governo acrescentou que "caso haja responsabilidade de algum agente público por qualquer ato, todas as providências serão adotadas imediatamente a fim de punir os responsáveis. Uma vez comprovada que não há nenhuma responsabilidade por parte do Governo, também irá acionar judicialmente, por abuso de autoridade, os responsáveis pela acusação prévia e precipitada da operação".