FHC diz preferir Bolsonaro com adversário nas eleições de 2022
Ao falar sobre próxima disputa presidencial, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que gostaria que o PSDB enfrentasse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um eventual segundo turno.
"Para o meu gosto, é melhor enfrentar o Bolsonaro. Mas vai ter que enfrentar quem aparecer, não tem jeito. Acho que a possibilidade maior é de enfrentar o presidente Bolsonaro", disse FHC em entrevista ao programa Ponto Final CBN, da rádio CBN.
FHC reconheceu a força de Bolsonaro, que "representa um Brasil mais conservador". "O Bolsonaro é forte. Ele representa um sentimento que foi vitorioso. Eu não votei nele, todo mundo sabe, e não votarei outra vez", completou.
Do PSDB, citou nomes jovens do partido, como os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e Bruno Covas, reeleito prefeito de São Paulo. Ele, no entanto, reconheceu a força de Guilherme Boulos (PSOL), e prevê que ele ganhe mais força no cenário político.
"Em São Paulo, ganhou o PSDB, mas o Boulos expressou um sentimento que existe em São Paulo, uma massa grande disposta a votar num candidato que diga que tem o compromisso que ele teve".
Sobre a atitude de Covas de ligar para o presidente Bolsonaro, FHC avaliou como normal. "Respeito ao presidente é uma coisa. Aliança com as propostas dele é outra coisa. Não creio que o Bruno Covas esteja propondo uma aliança", avaliou.
Questionado sobre quem seria o candidato ideal para o PSDB na eleição presidencial, FHC não citou nomes, mas explicou o que espera da indicação. Ele comentou que o nome de Luciano Huck seria bem-vindo, para ele, ao partido, e disse que não descartava uma conversa entre a legenda e o ex-ministro Sergio Moro, caso ele opte por retornar à política, "mas não como cabeça de chapa".
"Eu tenho interesse que nós tenhamos um candidato que seja expressão do sentimento do Brasil atual. Um Brasil que precisa de emprego, que precisa se afirmar como nação no exterior...um Brasil que tenha capacidade de respeitar a liberdade e a diversidade. Enfim, um Brasil que se oponha ao governo atual", disse o ex-presidente.
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