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Despedida de ministro do Turismo tem aglomeração e pessoas sem máscara

Marcelo Álvaro Antônio acena para servidores do Ministério do Turismo durante confraternização em um bar de Brasília - Reprodução/Twitter
Marcelo Álvaro Antônio acena para servidores do Ministério do Turismo durante confraternização em um bar de Brasília Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

10/12/2020 14h11Atualizada em 10/12/2020 15h43

Exonerado do Ministério do Turismo pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o agora ex-ministro Marcelo Álvaro Antônio se despediu na noite de ontem dos servidores da pasta em um bar na capital federal.

Um vídeo publicado nas redes sociais por Álvaro Antônio mostra que o local estava cheio e várias pessoas estavam em pé e sem máscara, contrariando recomendações das autoridades de saúde. Em estabelecimentos do tipo, o recomendável é retirar a máscara apenas quando estiver sentado e consumindo alimentos.

O próprio ex-ministro retira a máscara no salão para acenar e agradecer os servidores enquanto é aplaudido, conforme mostra o vídeo.

Segundo o canal GloboNews, o evento era uma confraternização de fim de ano do ministério que acabou se tornando uma despedida de Álvaro Antônio. Vídeo obtido pela rede de TV mostra que ele fez um discurso ao microfone para os servidores que estavam no local.

A reportagem do UOL questionou o Ministério do Turismo sobre a motivação do evento, quantos servidores estavam no local, se a confraternização foi paga com dinheiro público e se haverá punição aos servidores flagrados sem máscara. Até o momento o ministério não se posicionou a respeito.

Discussão em grupo do WhatsApp gerou demissão

Álvaro Antônio foi exonerado após acusar, em um grupo no WhatsApp, o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, de ser "traíra" e de conspirar para tirá-lo do cargo. A informação foi dada inicialmente pela revista Veja e confirmada pela colunista do UOL Carla Araújo.

O ex-ministro do Turismo alegou que Ramos negociou a pasta com o centrão, um grupo de partidos de centro e centro-direita do Congresso que recentemente se aliou ao governo Bolsonaro. Na avaliação de Álvaro Antônio, a medida seria uma articulação para conseguir a eleição de um aliado para a Presidência da Câmara dos Deputados no ano que vem.

A briga irritou Bolsonaro, que já pretendia demitir Álvaro Antônio e resolveu antecipar a queda do chefe do Turismo. O agora ex-ministro foi recebido na tarde de ontem pelo presidente e pediu desculpas a Ramos, mas a decisão sobre a demissão já estava tomada.

O posto de ministro do Turismo será ocupado agora por Gilson Machado, que comandava a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo).

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.