Moro vê desvio de finalidade na ação da Abin em favor de Flávio Bolsonaro
Em conversas reservadas com interlocutores, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro viu uma ação clara de desvio de finalidade na notícia de que funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziram documentos para subsidiar a defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O ex-ministro da Justiça afirmou que acredita que a informação sobre a atuação da Abin em favor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) pode ser anexada ao inquérito do Supremo por serem temas semelhantes.
A revista "Época" revelou que a agência produziu pelo menos dois relatórios "de orientação" ao filho do presidente sobre o que deveria ser feito para tentar anular provas no processo em que ele foi denunciado junto com o ex-assessor Fabrício Queiroz por desvio e lavagem de dinheiro, as chamadas "rachadinhas".
A ideia era mostrar que havia um grupo na Receita Federal que teria obtido dados do senador de forma irregular e produziu relatório que embasou o inquérito das "rachadinhas". Auditores ouvidos pelo UOL nesta sexta-feira consideraram "gravíssima" a tentativa de vincular o Fisco a uma defesa do filho do presidente.
Eles têm dito que os servidores da Receita que municiaram Flávio Bolsonaro com o suposto complô tentam apenas salvar a própria pele de processos na Corregedoria, nos quais ao menos um já foi demitido.
Moro e Bolsonaro são investigados num inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) em que se apura se o presidente tentou interferir na Polícia Federal para beneficiar amigos e familiares.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.