Após prisão de Crivella, Paes fala de transição e faz apelo sobre pandemia
Eduardo Paes (DEM), prefeito eleito do Rio de Janeiro, disse que a transição para a sua gestão na cidade seguirá "da mesma forma", mesmo após a prisão do atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) hoje, a nove dias de encerrar seu mandado.
"Conversei nessa manhã com o presidente da Câmara de Vereadores Jorge Felippe para que mobilizasse os dirigentes municipais para continuar conduzindo suas obrigações e atendendo a população. Da mesma forma, manteremos o trabalho de transição que já vinha sendo tocado", escreveu Paes em uma rede social.
Jorge Felippe (DEM) é presidente da Câmara de Vereadores e vai assumir a prefeitura enquanto Crivella estiver preso. Fernando Mac Dowell, vice do prefeito, morreu em 2018 após um infarto.
Paes ainda pediu que os servidores da saúde sigam seu trabalho. "Peço especialmente aos servidores da nossa rede de saúde: Passamos por uma pandemia - além das dificuldades já conhecidas —e a população precisa do nosso esforço".
Crivella disse que Paes seria preso
No fim da campanha eleitoral para a Prefeitura do Rio, Crivella repetiu que Eduardo Paes seria preso por corrupção. No último debate, Crivella citou a prisão e disse que estava "com o coração partido". Paes reagiu e citou um dos envolvidos na operação de hoje do Ministério Público e da Polícia Civil.
"Eduardo Paes vai ser preso, e digo isso com o coração partido. E vai porque cometeu os mesmos erros de Cabral e Pezão. Ele vai ser preso", disse Crivella durante o debate.
"Vocês vão perceber o desespero do candidato. Ele vai usar esse tom a noite inteira e eu quero tratar de propostas para a cidade. E ele morre de medo de ser preso quando aquele Rafael Alves, do QG da Propina, começar a falar", completou ele.
Paes foi eleito com 64,07% dos votos válidos (1.629.319 votos), contra 35,89% de Crivella (913.700) —uma diferença superior a 715 mil votos.
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