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Bolsonaro critica Kalil por fechar comércio: "E o ditador sou eu"

Líderes religiosos formalizam pedido de afastamento de Bolsonaro - Reprodução/Flickr Planalto
Líderes religiosos formalizam pedido de afastamento de Bolsonaro Imagem: Reprodução/Flickr Planalto

Colaboração parao UOL, em São Paulo

27/01/2021 20h32Atualizada em 27/01/2021 21h30

O presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido), criticou hoje o fechamento do comércio não essencial em Belo Horizonte, determinado pelo prefeito Alexandre Kalil como medida de combate à pandemia da covid-19 na cidade. Em conversa com o apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente afirmou que a ação é "irresponsável" e criticou Kalil.

"O prefeito fica batendo no peito falando "aqui quem manda sou eu", e o ditador sou eu. Essa destruição de empregos continua.", disse ele. "É uma irresponsabilidade quem toma essas medidas que não deu certo no passado e continua insistindo com ela.", falou Bolsonaro na tarde de hoje.

De acordo com o presidente, as pessoas terão que conviver com o vírus por muito tempo. Bolsonaro questionou "até quando" medidas de fechamento do comércio serão tomadas.

"Esse vírus, queiram ou não, a gente lamenta os mortos, mas a gente vai conviver com ele a vida toda. Muita gente não tem o que comer. Vai falar para um garçom, para um entregador de pizza que não tem o que fazer nos próximos 15, 30 ou 45 dias. Ele entra em desespero.", afirmou.

A capital de Minas Gerais fechou o comércio no dia 11 de janeiro após ver o número de casos e leitos UTIs ocupados na cidade aumentarem no início do ano. Em vídeo publicado nas redes sociais para anunciar as novas restrições, o prefeito Alexandre Kalil chegou a afirmar que a cidade chegou ao "limite".

"Nós tentamos avisar. Tentamos manter quase dez dias a cidade aberta quando os números ainda eram perigosos, mas tínhamos pelo menos uma expectativa de responsabilidade, e não querendo tirar a responsabilidade da Prefeitura", disse o prefeito.