Chanceler venezuelano critica Bolsonaro por fala sobre oxigênio no AM
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, criticou hoje o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por não se responsabilizar pela crise de desabastecimento de oxigênio hospitalar no Amazonas, que causou a morte de pacientes por asfixia há cerca de duas semanas. O chanceler venezuelano disse que a afirmação de Bolsonaro era "incrível", de forma negativa.
Recentemente, a Venezuela foi responsável por ajudar a diminuir o colapso do sistema de saúde amazonense ao enviar doações de oxigênio do governo venezuelano para Manaus.
Arreaza comentava sobre a declaração de hoje cedo do presidente. Em visita a uma concessionária de motos em Brasília, Bolsonaro foi questionado sobre a investigação iniciada pela Polícia Federal contra o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, por suspeita de omissão quanto à situação do Amazonas e principalmente de Manaus.
O presidente da República defendeu Pazuello e ainda minimizou a responsabilidade do governo para garantir o suprimento de oxigênio hospitalar, uma atribuição federal que é executada mediante solicitação dos estados.
"Nós, Manaus, Amazonas: mandamos R$ 9 bilhões para lá, não é competência nem atribuição nossa levar oxigênio para lá, [nós] damos os meios", disse Bolsonaro.
Se mostrando indignado com a fala do presidente brasileiro, Arreaza fez uma publicação no Twitter para reforçar que a Venezuela continuará cooperando com o Brasil oferecendo oxigênio.
"Incrível! Enquanto isso, por instruções expressas do presidente [da Venezuela] Nicolás Maduro, da Venezuela continuaremos mandando oxigênio para os estados de Amazonas e Roraima. É nossa obrigação moral e humana", escreveu o chanceler venezuelano.
No último dia 19, cinco caminhões com oxigênio doado pela Venezuela chegaram a Manaus. O carregamento continha 107 mil m³ de oxigênio.
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