Cury não representa o Cidadania, diz Roberto Freire, presidente da sigla
Presidente nacional do Cidadania, o ex-deputado federal Roberto Freire declarou ao UOL hoje que Fernando Cury, deputado estadual por São Paulo, não representa mais o partido desde que foi acusado de assediar a deputada Isa Penna (PSOL). Hoje, o Conselho de Ética da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aceitou a denúncia contra Cury.
Ele não representa o partido desde o momento em que o fato aconteceu. Até que haja o julgamento do diretório nacional, ele não representa mais o partido. O partido tomou todas as medidas e só não decidiu [expulsá-lo] por conta da liminar que paralisou o processo político."
Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania
Cury foi afastado do Cidadania em dezembro passado, pouco após Isa Penna acusá-lo de apalpá-la na altura dos seios durante uma sessão na Alesp, conforme divulgado pelo UOL. As imagens da ocorrência foram transmitidas pela TV Alesp.
No dia 10 de janeiro, o Conselho de Ética da sigla pediu a expulsão dele. Uma decisão judicial suspendeu o processo disciplinar e, agora, o Cidadania recorre contra a liminar concedida pela Justiça.
Tem três espaços de processo contra ele. O partidário, que é o nosso, o da Assembleia e tem o da Justiça. O que não falta é processo contra ele."
Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania
Freire reclamou do fato de a legenda não conseguir avançar com o processo enquanto, na própria Alesp, o caso já está em julgamento.
"A própria assembleia já avançou e estamos paralisados por conta de uma liminar que impediu que o partido pudesse adotar posição política que é de interesse do partido político. Não somos um tribunal para estar paralisado pela chincana que foi promovida na justiça", declarou.
Mais cedo, em nota ao UOL, a defesa de Cury disse ter recebido a decisão da Alesp "com serenidade".
"Durante todo o processo, serão apresentados argumentos e provas para demonstrar que não houve, em nenhum momento, qualquer ato de assédio, importunação sexual ou intenção de constranger ou desrespeitar a deputada Isa Penna e seu mandato", diz o texto.
A decisão da Comissão de Ética pegou de surpresa a própria Penna, que já estudava recurso se o caso tivesse sido arquivado. "Provavelmente votaram todos pela absolvição por conta do constrangimento que passariam se isso fosse arquivado", afirmou.
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