Procurador fica sem salário por suspeita de informar empresas de Joesley
Após ser afastado do cargo, o procurador Ângelo Goulart Villela terá o seu salário cortado pelo MPF (Ministério Público Federal). Ele está sendo investigado por suposta irregularidade na Operação Greenfield, quando teria fornecido informações sigilosas a um advogado ligado ao Grupo J&F, do empresário Joesley Batista.
Ângelo chegou a ser preso em 2017 por causa dessa acusação. Depois ele ficou afastado preventivamente das funções, mas ainda tinha remuneração. Agora, com a liminar, ficará sem salários. A decisão valerá até o julgamento definitivo, que pede a demissão dele.
De acordo com o MPF, Villela cometeu as infrações em pelo menos duas oportunidades ao manter contato com Willer Tomaz, advogado da empresa Eldorado Brasil Celulose, que fazia parte do Grupo J&F. Na primeira, em março de 2017, o procurador passou a Willer a gravação que fizera clandestinamente de uma reunião entre os integrantes da Operação Greenfield e o empresário Mário Celso Lopes, ex-sócio de Joesley.
Na outra, no início do mês seguinte, Villela enviou ao defensor os registros escritos de um encontro no qual outro membro da força-tarefa tratou das apurações sobre investimentos fraudulentos envolvendo o grupo empresarial.
O esquema investigado pela Operação Greenfield consistia na obtenção de ganhos por grandes empresas a partir de prejuízos causados a fundos de pensão, por meio de aportes financeiros em ativos dessas companhias. Villela passou a integrar oficialmente a força-tarefa em março de 2017. Seu conluio com a J&F foi revelado por Joesley Batista e o executivo Francisco de Assis no âmbito do acordo de colaboração premiada que firmaram com o MPF, entre abril e maio daquele ano.
O procurador responde também a uma ação de improbidade e a um processo criminal pelos mesmos fatos.
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