Delegado ligado a Sergio Moro e a Lava Jato deixa a cúpula da PF
O delegado Igor Romário de Paula não é mais Diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal. O cargo era ocupado no Ministério da Justiça.
Sua dispensa foi publicada na edição de hoje do DOU (Diário Oficial da União) e é assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto. De Paula era um dos últimos nomes do quadro da gestão de Moro à frente da pasta.
Ele foi nomeado para o cargo em janeiro de 2019. Antes, era delegado regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado na PF do Paraná, liderando o grupo de trabalho da Operação Lava Jato no estado. No Paraná, esteve diretamente envolvido na prisão do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, em abril de 2018, pelo processo do tríplex.
De Paula foi escolhido para o cargo no ministério pelo ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, que teve carta branca de Moro para montar sua equipe no órgão. No entanto, em 2020, Valeixo seria pivô de uma crise entre Moro e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resultando na sua saída da direção da PF e no pedido de demissão de Moro.
Polêmicas na Lava Jato
Durante sua atuação na Lava Jato, De Paula chegou a se envolver em polêmicas por suas posições políticas. Ele apoiou o candidato Aécio Neves (PSDB) nas eleições de 2014 e fez críticas jocosas ao PT e sua então candidata presidencial, Dilma Rousseff (PT), na internet.
Chegou a entrar na justiça pedindo que Google e Facebook tirassem do ar as críticas feitas por blogs sobre o tema. Acabou perdendo a ação na primeira e segunda instância.
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