Caiado tem seus problemas psiquiátricos, diz Ibaneis sobre governador de GO
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), criticou de forma aberta o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), estado vizinho ao seu. O chefe do Executivo da capital federal alegou que nunca manteve um bom relacionamento com o colega. As declarações foram feitas hoje, durante o UOL Entrevista, conduzido pelo colunista Tales Faria.
"Nunca tive um bom relacionamento com Caiado. Acho que ele tem seus problemas psiquiátricos, tem que cuidar desse assunto", disse.
A grande realidade em relação ao entorno da cidade de Goiás é que ele não dá a atenção devida. Ele tem um hospital aqui do lado, em Águas Lindas, que está faltando 12% para a conclusão. Ele já tem dois anos de governo e não conseguiu concluir, mesmo com a pandemia. Então são 2,5 milhões de habitantes que são atendidos no DF porque ele não tem capacidade de atendimento.
Governador Ibaneis Rocha (MDB-DF)
Ao mesmo tempo, o emedebista disse que trata as desavenças com Caiado no campo político e que não leva as questões para o pessoal.
Quero que ele trabalhe e resolva o problema dele. No campo pessoal, para mim, é uma excelente pessoa, podemos nos encontrar em qualquer lugar que está tranquilo. No campo da politica e no campo administrativo, vou continuar dizendo que ele é incompetente.
Governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), sobre Ronaldo Caiado (DEM), governador de Goiás
Procurado, o governador de Goiás rebateu: "Meu problema psiquiátrico sério é ter ojeriza a quem rouba dinheiro da saúde e do transporte público", disse.
Caiado e Ibaneis se encontrariam hoje, durante um evento entre governadores, mas o governador de Goiás cancelou sua agenda, após um quadro febril durante a noite.
Após as declarações de Ibaneis, Caiado rebateu o colega. "Meu problema psiquiátrico sério é ter ojeriza a quem rouba dinheiro da saúde e do transporte público", afirmou.
Por meio de sua assessoria, o governador de Goiás afirmou que que seu estado possui mais leitos de UTI que Brasília. "A incompetência de Ibaneis é tamanha que o DF, além de ter a folha bancada pela União, recebe mais de R$ 14 bilhões a fundo perdido, mas não consegue ser exemplo de gestão."
Fim de atividades não essenciais por 15 dias
O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou na noite de sexta (26) que o lockdown na capital federal teria duração de 15 dias, com retorno das atividades "aos poucos".
A medida foi adotada após o sistema de saúde local correr o risco de colapsar pela alta demanda de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para os pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Empresários e comerciantes realizaram protestos no domingo (28) e nesta segunda-feira (1º), em diferentes pontos da capital. Os manifestantes se mostraram contrários às medidas restritivas para o comércio e lazer no Distrito Federal.
Em um vídeo que circulou nas redes sociais com os protestos que ocorreram nesta segunda (1º), é possível ver manifestantes vestidos com camisas verdes e amarelas, com bandeiras do Brasil e acionando vuvuzelas em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo. Pequenos grupos apareceram nas imagens sem máscara.
Assim como em outros estados do país, no Distrito Federal o decreto que amplia as restrições foi utilizado como uma tentativa de evitar que a covid-19 avance na região, enquanto a vacinação ainda não chegou para grande parte da população.
Ibaneis afirmou que há possibilidade de haver políticos financiando os protestos contra a ampliação de restrições. "Temos a deputada federal Paula Belmont, a deputada Bia Kicis, a deputada Julia Luci e várias inúmeras pessoas já identificadas que não são de nenhum segmento, não são empregados nem empresários no DF, mas isso tudo fica para polícia apurar", disse o governador.
Para Ibaneis, os deputados estão no direito de se manifestar e de apoiar movimentos. Mas quem estiver financiando a participação nos protestos deve ser investigado.
"Se tem alguém naquele movimento, que é para ser de empresário e empregados, e tem alguém que não é nem empresário ou empregado, elas não estão ali de graça, isso que se deduz", afirmou.
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