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"Hora da verdade está se aproximando para Moro", diz Gleisi Hoffmann

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) fala a jornalistas no Congresso Nacional - Najara Araújo/Câmara dos Deputados
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) fala a jornalistas no Congresso Nacional Imagem: Najara Araújo/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

09/03/2021 23h49

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse que "a hora da verdade está se aproximando para o ex-juiz Sergio Moro", em referência ao julgamento sobre a sua suspeição, realizado hoje pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

"[O] STF avança rumo à suspeição de Moro, com dois votos contundentes. As sentenças ilegais contra Lula já foram anuladas. A hora da verdade está se aproximando para o ex-juiz de Curitiba. Valeu a pena resistir e continuar lutando por justiça plena para Lula", escreveu ela.

A Segunda Turma retomou hoje o julgamento de suspeição do ex-ministro no caso que condenou Lula por receber um tríplex no Guarujá (SP), mas o julgamento foi adiado após um pedido de vista do ministro Nunes Marques, que é quando se retira o processo de julgamento para formar opinião sobre o tema, e se desculpou. O julgamento foi adiado para uma data ainda não definida.

Antes de retornar hoje a julgamento, o processo estava sob vistas do presidente da Turma, Gilmar Mendes, desde dezembro de 2018.

O placar da votação está, até o momento, empatado em 2 a 2. Hoje votaram Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, ambos contra Moro (ou seja, a favor da suspeição do ex-juiz). Já Edson Fachin, que é o relator do processo, e Cármen Lúcia haviam votado em 2018 a favor de Moro (contra a suspeição), antes da revelação dos diálogos da Vaza Jato, que revelaram conversas entre Moro e membros da operação Lava Jato.

A ministra, no entanto, disse hoje que "trouxe um voto escrito", que será lido após o de Nunes Marques no retorno do julgamento, indicando que pode mudar sua posição e que Gilmar Mendes trouxe um "voto profundo, com dados muito graves".

A Segunda Turma do STF decidiu retomar hoje o julgamento de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, impondo uma derrota ao ministro Edson Fachin que pedia o adiamento. Fachin tentava tirar o processo de análise e chegou a pedir ao presidente do Supremo, Luiz Fux, uma decisão para adiar o julgamento, mas não foi atendido.

Ontem, Fachin anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e remeteu esses processos da Lava Jato à Justiça Federal do Distrito Federal. Ainda não foram distribuídos, mas os dois casos relacionados ao Instituto Lula, Sítio de Atibaia e Tríplex do Guarujá vão tramitar ou na 10ª Vara ou na 12ª Vara da capital.

A Segunda Turma, presidida por Gilmar Mendes, é onde correm os processos relacionados à Lava Jato.