Léo Índio, primo de Carlos Bolsonaro, processa youtubers do 'Galãs Feios'
Léo Índio, primo de Carlos Bolsonaro, abriu um processo contra os youtubers Helder Maldonado e Marco Bezzi, do canal Galãs Feios. A ação, que corre na Justiça de Brasília, tem como o alvo o vídeo "O passado secreto de Léo Índio (o primo do Carluxo)". A gravação foi publicada em julho de 2019 e atualmente tem mais de 350 mil visualizações.
Léo Índio pede a exclusão do vídeo, um pedido de desculpas e R$ 15 mil de indenização. No vídeo em questão, os influenciadores usam humor para comentar uma reportagem da revista "IstoÉ", intitulada "Índio quer apito", que descreve a presença de Léo Índio no governo Bolsonaro.
No documento do processo, o advogado de Léo Índio enfatiza que ele se trata do sobrinho "do atual presidente do Brasil" e que, somado ao fato de ser assessor parlamentar, desperta ódio, ira e inveja em "determinadas pessoas". Há também transcrição de fragmentos da publicação que contém possíveis críticas ao assessor parlamentar.
Ao UOL, Marco Bezzi se diz surpreso desse processo, mas que faz parte de uma onda de artifícios contra criadores de conteúdo. "É contra a liberdade de expressão. Depois do caso do Daniel Silveira, muita coisa começou a acontecer, deputados processaram criminalmente o Danilo Gentilli, agora tem a Lei de Segurança Nacional, que foi o processo contra o Felipe Neto, é também um 'cala boca'", disse ele.
"No caso dele [Felipe Neto], ele tem como se defender, mas é um recado para todo mundo, no nosso é que também não pode fazer humor", acrescentou. Além disso, Felipe Neto ontem foi intimado pela polícia por chamar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de "genocida".
Para Bezzi, o processo é absurdo, pois se trata de um conteúdo humorístico. "A gente seguiu uma matéria jornalística e claro que usamos humor, porque nosso canal é isso. A gente não atacou ninguém e não falamos nenhuma mentira, isso que acho importante", ressaltou.
O advogado de Léo Índio informou na petição que não queria audiência de conciliação. Para Bezzi, o melhor agora é não prolongar o processo. "Eu queria ter esse momento, a gente pode até pedir, mas não queremos que esse processo se alongue mais. Seria interessante porque não sei se isso saiu da cabeça do Léo Índio, a gente sempre o tratou muito bem no canal, acho que é justamente uma frente do governo que quer tentar calar professores, servidores públicos, produtores de conteúdo, influenciadores e fomos pego nessa onda", frisou
A reportagem procurou Léo Índio e seu advogado, mas até o momento não conseguiu retorno. O texto será atualizado caso haja um posicionamento.
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