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Ciro vê 'tentativa de intimidar' após ser alvo da PF por criticar Bolsonaro

Ciro disse ainda considerar ação como "ato de desespero" - Kleyton Amorim/UOL
Ciro disse ainda considerar ação como "ato de desespero" Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Do UOL, em São Paulo

20/03/2021 07h35Atualizada em 20/03/2021 12h49

O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) disse considerar grave a tentativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de "intimidar" opositores e adversários depois de ter virado alvo da PF (Polícia Federal) por criticar o mandatário. Ciro classificou ainda a ação como um "ato de desespero".

"Particularmente não ligo para esse ato contra mim, mas considero grave a tentativa de Bolsonaro de intimidar opositores e adversários. Entendo que é um ato de desespero de quem vê sua imagem se deteriorar todos os dias pela gestão criminosa do Brasil na pandemia", escreveu o pedetista em sua conta no Twitter.

Políticos de diferentes partidos manifestaram solidariedade a ele.

O pedido de abertura de inquérito foi assinado pelo próprio presidente, por meio da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, e conduzido pelo ministro da Justiça, André Mendonça.

O caso corre na Justiça Federal do DF. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o despacho do Ministério da Justiça e da Segurança Pública diz que Ciro é alvo de investigação policial com base do artigo 145 do Código Penal — que trata sobre crime contra a honra.

"Bolsonaro está condenando nosso povo à morte. E vamos seguir lutando para salvar vidas e contra sua política genocida! Agradeço às milhares de mensagens de solidariedade! Como diz meu amigo Felipe Neto, também vítima dessa arbitrariedade, cala boca já morreu!", acrescentou Ciro em sua postagem, referindo-se ao youtuber intimado depois de ter chamado o presidente de "genocida".

Uma liminar na Justiça do Rio suspendeu na quinta-feira (18) a investigação contra Neto por suposto crime previsto na Lei de Segurança Nacional.