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Daniel Silveira: 'O que eles fizeram comigo foi muito pior do que o AI-5'

Daniel Silveira (PSL-RJ) questiona a legalidade de sua prisão - Divulgação
Daniel Silveira (PSL-RJ) questiona a legalidade de sua prisão Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

23/03/2021 23h59

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) questionou hoje a legalidade de sua prisão, que ele classificou como política. "O que fizeram comigo foi muito pior do que o AI-5", afirmou.

O político bolsonarista participou do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan. Essa foi sua primeira entrevista após ter sido preso, no dia 16 de fevereiro. A participação de Silveira no programa foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

O deputado também disse que não sabe por que foi preso. "Nada faz sentido e nada está dentro da legalidade", defendeu. Ele questiona as bases legais para a prisão em flagrante e para a posterior em prisão domiciliar. "Essa prisão domiciliar é mais um erro grotesco, afirmou.

Daniel Silveira (PSL-RJ) publicou vídeo nas redes sociais atacando todos os ministros do Supremo Tribunal Federal, com especial destaque ao ministro Edson Fachin, que subiu o tom contra uma declaração de 2018 feita pelo ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas.

A prisão do deputado foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo o magistrado, Silveira defendeu medidas antidemocráticas. Com base na Lei de Segurança Nacional, ele é acusado de incitar a violência para impedir o livre exercício do Legislativo e Judiciário.

A decisão de Moraes foi corroborada pelo plenário do STF e, posteriormente, pela Câmara dos Deputados, onde 364 parlamentares defenderam a prisão. No último dia 14, Alexandre de Moraes autorizou que Daniel Silveira cumprisse prisão domiciliar.

"Bolsonaro não me abandonou"

Silveira, que é um grande apoiador do presidente Jair Bolsonaro, comentou também sobre o fato de o presidente não ter se pronunciado sobre sua prisão. "O presidente não tem nada a ver com isso. Está no meio de uma crise de pandemia", disse. "Ele não me abandonou", completou.

O deputado disse ainda que está começando a falar com alguns colegas para entender o que motivou a decisão de votar pela manutenção de sua prisão. Ele considera a possibilidade de que alguns parlamentares tenham se sentido pressionados.