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Ministro Fábio Faria critica CPI da covid no Senado: 'politização e caos'

Ministro das comunicações, Fábio Faria criticou em seu Twitter oficial a CPI da covid no Senado, por determinação do STF - MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO
Ministro das comunicações, Fábio Faria criticou em seu Twitter oficial a CPI da covid no Senado, por determinação do STF Imagem: MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL

08/04/2021 21h46

O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), criticou hoje em seu Twitter oficial a CPI da covid no Senado. Ele disse que os esforços deveriam estar concentrados em combater a covid-19 e vacinar a população.

"Num momento em que todos pedem união entre os poderes, nos surpreendem decisões sobre uma CPI que em nada contribuirá para vencer a pandemia. Nossos esforços não deviam estar concentrados em combater a covid-19 e vacinar os brasileiros? É hora de união, não de politização e caos", escreveu o ministro.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso determinou hoje que seja aberta uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para apurar as ações do governo federal na pandemia de covid-19. Barroso concedeu uma decisão liminar sobre um mandado de segurança apresentado pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

A determinação de Barroso será comunicada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que terá a responsabilidade de instaurar a comissão. Em entrevista coletiva na noite de hoje, Pacheco afirmou ser contra a CPI neste momento, mas vai cumprir a determinação do ministro Barroso.

O ministro Faria Faria completou seu comentário no Twitter, dizendo que, "se forem investigar omissões e desvios na pandemia, será uma vitória antecipada do PR de Jair Bolsonaro, que vai comprovar uma atuação responsável e íntegra".

Julgamento no plenário no dia 16

A decisão monocrática do ministro Barroso será levada a plenário para apreciação dos demais ministros da Corte no dia 16 de abril, em julgamento virtual.

O próprio Barroso admitiu que pretendia colocar a matéria em votação para os 11 ministros hoje, mas que a longa duração do julgamento sobre a proibição da realização de missas e cultos religiosos durante momentos críticos da pandemia acabou não permitindo.

O mandado de segurança impetrado pelos senadores do Cidadania no STF tem como tema principal a possível omissão do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a crise que levou ao colapso hospitalar em Manaus, no início do ano. Os parlamentares citam ainda, em específico, o desabastecimento de oxigênio que levou à morte de pacientes com covid-19 por asfixia.