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Randolfe: CPI da Covid será a maior da história e investigará fake news

27.abr.2021 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, no Senado - Edilson Rodrigues/Agência Senado
27.abr.2021 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, no Senado Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

27/04/2021 16h08

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse hoje que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid é a 'mais importante da história'. Em entrevista à GloboNews, ele também afirmou que a comissão investigará fake news relacionadas à pandemia de covid-19.

"Eu diria que essa CPI foi instalada sob a necessidade de honrar a memória dos mais de 380 mil mortos pela pandemia. Tenho dito que essa CPI é a mais importante da história do Congresso Nacional porque nunca se teve uma comissão para apurar e investigar razões que levaram diretamente à morte de brasileiros", falou.

Randolfe comentou também o pedido do relator Renan Calheiros (MDB-AL) de informações do inquérito das fake news, conduzido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), corroborando que os assuntos estão interligados. "Esse inquérito investiga aglomerações que ocorreram no decorrer da pandemia, investiga atos antidemocráticos e junto o propagandeamento de fake news. Esse inquérito investiga eventos que realizaram no auge da pandemia eventos com aglomerações em Brasília, com pessoas sem máscaras".

O senador amapaense, porém, defendeu que não se amplie demais o escopo da CPI. "Dispersão, ampliação demais, a essa altura só interessa àqueles que não querem nenhuma investigação", defendeu. "Se essa CPI não chegar a um bom resultado é frustrante para todos os brasileiros, mas é mais terrível para a biografia de cada um dos membros dessa CPI", completou.

Randolfe Rodrigues foi eleito hoje para ocupar a vice-presidência da CPI da Covid. Ele era o único candidato ao posto, mas, mesmo assim, quatro parlamentares não o apoiaram e votaram em branco.

'CPI não será usada como palanque'

Políticos da base de apoio do governo Bolsonaro vêm argumentando que esta CPI será usada como palanque político para as eleições de 2022. Randolfe, porém, discorda, argumentando que ela não estará mais ativa no próximo ano. "E triste daquele que tentar fazer palanque sob a montanha de quase 400 mil mortos", completou.

Randolfe aproveitou para atacar a condução do governo federal do combate à pandemia: "Se tem alguém que politizou a pandemia desde o início foi o governo de Jair Bolsonaro".

Ao final da entrevista, o senador defendeu a CPI mais uma vez e aproveitou para alfinetar o colega Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, que ao defender que a comissão não deveria ser instalada, argumentou que era importante manter o isolamento social.

"Aliás, acho que a CPI já trouxe uma grande conquista, vi meu colega Flávio Bolsonaro defendendo isolamento social, defendendo pras pessoas ficarem em casa. Que bom, uma conversão do senador Flávio Bolsonaro à ciência".

'Lamentável', diz Randolfe sobre fala de Guedes

Mais tarde, em entrevista à CNN Brasil, Randolfe Rodrigues comentou a justificativa do ministro Paulo Guedes para sua fala sobre o '"vírus chinês". O senador disse que certas coisas não voltam atrás e afirmou que declaração pode prejudicar relação do Brasil com a China.

"O que nós menos precisamos é desse tipo de confusão, principalmente com os chineses. É de lá que vem os IFAs [Insumos Farmacêuticos Ativos] para as nossas vacinas", disse. "Quando a gente pensa que avançou na relação com a China, aí temos mais uma declaração infeliz, justamente do ministro da Economia. Lamentável".