Omar Aziz critica Guedes: 'Puxa-saco americano que não consegue vacina'
O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid voltou a criticar o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele comentou as falas de Guedes que vieram a público na semana passada em que o ministro fala que a China criou o coronavírus e fez uma vacina menos eficaz que a americana. O senador se referiu a Guedes novamente como "ministro pitaqueiro".
"Ele deveria cuidar da economia, que já não está bem", afirmou. Aziz confirmou que Paulo Guedes pode ser convocado a depor na CPI.
"Um grande puxa-saco americano que não consegue uma vacina para o Brasil lá. Estudou lá, era amigo do Trump, não sei de quem, mas até hoje não conseguiu vacina. E ataca o maior fornecedor de insumos para produzir a CoronaVac, que está vacinando e evitando a morte de brasileiros", atacou.
"Sabe aquele desinformado que quer mostrar que entende de tudo, que entende de produzir parafuso a foguete para ir para a lua? É o ministro Paulo Guedes nessa conversa", completou.
"Falar de impeachment é irresponsabilidade"
Aziz afirmou hoje que seria uma "irresponsabilidade política" falar em impeachment do presidente Jair Bolsonaro neste momento. Para ele, é precipitado tratar de punições decorrentes de descobertas feitas pela comissão.
"Em relação a conclusões, é muito precipitado uma investigação que nem começou ainda a gente falar em punições, muito menos falar em impeachment. Isso seria uma irresponsabilidade política, social com o Brasil", disse Aziz ao responder sobre possíveis desdobramentos da CPI da Covid. Omar Aziz foi o entrevistado de hoje do programa Roda Viva, da TV Cultura.
Quando foi perguntado sobre os possíveis resultados da CPI, o senador respondeu que não é "adivinho". Ele, porém, garantiu que as investigações feitas pela comissão do Senado "não vão dar em pizza".
Aziz repetiu o que havia dito hoje mais cedo de que acredita que houve uma "mudança de comportamento" do governo federal desde que a instalação da CPI foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. "Veja bem, você sai da soberba, depois da CPI, para humildade", disse, citando como exemplo o pedido feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à OMS (Organização Mundial de Saúde) para que o Brasil receba mais vacinas.
"Vejo na prática o que está acontecendo. Até um mês atrás não se falava nisso. É realidade ou não que o Brasil há um ano impunha condições para comprar vacina e agora está pedindo?", detalhou. "Independentemente da CPI ou não, nós queremos a vacina", concluiu.
Defensores de cloroquina podem ser convocados
Outro assunto que o senador voltou a abordar na entrevista desta noite foi a convocação de médicos que defendem o uso da cloroquina, medicamento ineficaz contra a covid-19. Ele deixou claro que não acredita no uso do medicamento, mas afirmou que se um senador fizer o requerimento de ouvir um defensor da cloroquina, isso será levado adiante.
"Agora nesse primeiro momento estamos seguindo uma cronologia de investigação, e certamente é lógico que serão chamados especialistas nessas áreas, tanto que defendem como que não defendem", disse.
"A gente vai votar essa convocação, sim, iremos colocar e ouvir todas as partes. Importante esclarecer qualquer dúvida para que a gente chegue a uma conclusão para melhorar a situação que estamos vivendo nesse momento", reforçou.
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