Depois de Mandetta, CPI da Covid vai ouvir Nelson Teich
Depois de ouvir pela o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, a CPI da Covid receberá seu sucessor na pasta, Nelson Teich. O depoimento no Senado seria hoje, mas foi adiado para quarta-feira (5) após o adiamento da fala de Eduardo Pazuello para o dia 19 de maio.
"Quem vai julgar o presidente é o futuro, não vai ser eu", disse o médico oncologista após pedir demissão do governo de Jair Bolsonaro, em 15 de maio de 2020, antes de completar um mês à frente da pasta. À época a média móvel de mortes pela covid no país era de 706 óbitos por dia — hoje é de 2.375. Mais de 408 mil pessoas morreram no Brasil em razão da doença.
Antes de ser questionado pelos senadores, Teich deverá fazer uma breve explanação sobre seu mandato. A saída do governo se deu por "desalinhamento" com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a ampliação do uso da cloroquina e hidroxicloroquina, remédios sem comprovação científica para o tratamento do coronavírus.
A defesa que Bolsonaro faz do uso desses remédios deverá embasar os principais questionamentos de senadores da oposição a Teich — que também se colocou contra um o decreto de Bolsonaro que incluiu salões de beleza, barbearia e academias de ginástica entra as atividades consideradas essenciais no período da pandemia.
Minoria na CPI, os senadores governistas devem tentar minimizar o depoimento de Nelson Teich com base no pouco tempo que o médico ficou à frente da pasta.
Tanto Teich como Mandetta foram convocados a depor na CPI como testemunhas.
Como será o depoimento
Após abrir a sessão para uma breve explanação do ex-ministro da Saúde, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), vai liberar o tempo para as perguntas:
- Cada um dos 18 senadores terá o direito a cinco minutos para formular os questionamentos, sendo o mesmo tempo concedido ao depoente para a resposta.
- Depois, serão concedidos três minutos para as réplicas e outros três minutos para as tréplicas.
Outros convocados pela CPI
- Ex-ministro Luiz Henrique Madetta: 4 de maio, às 10h
- Atual ministro Marcelo Queiroga: 6 de maio, às 10h
- Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres: 6 de maio, às 14h
- Ex-ministro Eduardo Pazuello: 19 de maio, às 10h
Os integrantes da CPI
- Governistas: Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos Rogério (DEM-RO) e Ciro Nogueira (PP-PI)
- Independentes e oposição: Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA), Omar Aziz (PSD-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Eduardo Braga (MDB-AM)
- Suplentes: Jader Barbalho (MDB-PA), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Angelo Coronel (PSD-BA), Marcos do Val (Podemos-ES), Zequinha Marinho (PSC-PA), Rogério Carvalho (PT-SE) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
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