Calheiros quer contratar agência de checagem de fatos para CPI da Covid
Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse hoje que vai pedir ao presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), a contratação de uma agência de checagem de fatos para acompanhar os depoimentos feitos aos senadores. A ideia foi anunciada logo após a suspensão da oitiva do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello — a quem Calheiros acusou de mentir.
"Vou pedir amanhã para que o presidente [Aziz] contrate, pela CPI, uma agência checadora [sic] de fatos, à disposição da CPI", anunciou o relator em coletiva. "Eu acho importantíssimo que, diante da reiterada prática da mentira, a gente possa evidentemente contratar esse serviço, porque eles [os fatos] serão levantados online não pela comissão, mas por uma empresa que terá a obrigação de rapidamente fazer isso."
O senador ainda criticou Pazuello pelas declarações à CPI, nas quais viu contradições. Ele citou como exemplo a resposta do ex-ministro da Saúde às inúmeras tentativas de contato feitas pela Pfizer em 2020 — e ignoradas pelo governo federal — para o fornecimento de vacinas contra a covid-19.
"Ele [Pazuello] tentou responder a partir de dezembro, mas a pergunta não era exatamente aquela. Era por que eles teriam deixado de receber a Pfizer durante aquele período em que a empresa mandou uma carta se colocando à disposição para vender as 70 milhões de doses de vacina. Ele respondeu com imprecisão e mentiu muito, infelizmente", lamentou Calheiros.
O depoimento do ministro Pazuello foi sofrível, verdadeiramente. Amanhã nós vamos dar prosseguimento a ele, e ele pode evidentemente mudar. Mas ele fez um exercício para não responder às perguntas que foram colocadas. Quando as respondia, respondia com imprecisão.
Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI
Pelo Twitter, Calheiros afirmou que o depoimento de Pazuello foi "cheio de contradições e mentiras".
A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.
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