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CPI: Renan não descarta pedido de acareação entre Pazuello e Pfizer

19.mai.2021 - Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello durante o depoimento à CPI da Covid, no Senado - Jefferson Rudy/Agência Senado
19.mai.2021 - Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello durante o depoimento à CPI da Covid, no Senado Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

19/05/2021 17h54

Após depoimentos conflitantes, o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), não descartou fazer pedido de acareação entre o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e representantes da farmacêutica Pfizer.

"Na medida em que depoimentos forem feitos, com contradições óbvias, nós vamos ter que fazer essa acareação, sim, porque isso é uma recomendação do próprio processo investigativo. Eu acho que toda vez que você colhe um depoimento de alguém com ponto de vista contrário, com fatos que se conflitam, é importante, é recomendável fazer a acareação, sim", avaliou Renan, durante conversa com jornalistas.

Outros senadores, como o próprio presidente da comissão Omar Aziz (MDB-AM) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), também apontaram para essa possibilidade depois de ouvir respostas de Pazuello que não batiam com a do ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo.

A CPI da Covid foi criada para apurar as ações do governo federal no enfrentamento da pandemia da covid-19, que já matou 428.256 pessoas no Brasil, de acordo com dados do consórcio, do qual o UOL faz parte. Os depoimentos dos ex-ministros da Saúde do governo Bolsonaro devem ajudar a esclarecer se a gestão federal poderia ter adotado outras medidas para frear o avanço do número de casos do coronavírus no País.

A convocação de Pazuello atende a requerimentos aprovados, com pedidos do relator Renan Calheiros (MDB-AL), do vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.