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'Delirante', diz Marina Silva sobre Pazuello na CPI; veja repercussão

"Delirante", diz Marina Silva sobre Pazuello na CPI; veja repercussão - TV Senado
'Delirante', diz Marina Silva sobre Pazuello na CPI; veja repercussão Imagem: TV Senado

19/05/2021 12h37Atualizada em 19/05/2021 16h54

Políticos brasileiros repercutiram o depoimento de hoje do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI da Covid, que investiga possíveis omissões do governo no combate à pandemia da covid-19 no país. Opositores e governistas comentaram algumas das respostas dadas por Pazuello aos senadores. Marina Silva (Rede Sustentabilidade) criticou o que ela chamou de depoimento "delirante".

"O depoimento de Pazuello na CPI é delirante. Mesmo com as atrocidades da sua gestão, ele relata que sua pasta teve ação irretocável. Os que aguardavam indignados sua oitiva, acompanham estupefatos a atitude cínica do servil operador da exitosa necropolítica de saúde de Bolsonaro.", escreveu Marina em publicação no Twitter.

Político de oposição, Ciro Gomes (PDT-CE) defendeu a CPI da Covid, afirmando que a comissão "vai ajudar o povo a entender tudo o que aconteceu". Ele também criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Pazuello acertou com o Butantan para comprar vacinas e, no dia seguinte, Bolsonaro disse que "o dinheiro dele" não iria pagar essas doses. A #CPIdaCovid vai ajudar o povo a entender tudo o que aconteceu para chegarmos a quase 440 mil mortos por um vírus que já existe vacina!", afirmou.

Também da oposição, Marcelo Freixo (PSOL) chamou o ex-ministro de "capacho" de Bolsonaro, e lembrou frase de Pazuello que afirmou que "um manda, outro obedece" sobre sua relação com o presidente.

"Pazuello sempre seguiu as ordens de Bolsonaro, sempre foi capacho. Não adianta agora tentar blindar o presidente na CPI. Um manda e outro obedece, lembram?", disse Freixo, que pediu a cadeia do ex-ministro.

"Pazuello é um sujeito desprezível, cínico e mentiroso. Deveria estar na cadeia.", afirmou

Governista, o deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP) elogiou o desempenho do ex-ministro durante o depoimento e chamou a Comissão de "CPI do Fuzilamento".

"Ex-Ministro Eduardo Pazuello respondendo de maneira cristalina as "perguntas" na CPI DO FUZILAMENTO."

O senador Marcos Rogerio (Podemos) exaltou as falas de Pazuello sobre a vacina da Pfizer.

"Pazuello dando show na CPI da Pandemia. Esclareceu sobre o processo de compra de vacinas da Pfizer: A resposta do Brasil sempre foi: SIM, queremos comprar. Mas até a assinatura do contrato houve uma série de reuniões e discussões para discutir os termos do contrato."

Outra fala bastante repercutida de Pazuello foi a afirmação do ex-ministro de que teria deixado a gestão do Ministério da Saúde após "missão cumprida".

"Pazuello atribui sua demissão do ministério da saúde como 'missão cumprida". A missão era matar 400 mil brasileiros?", disse Manuela D'Avila (PCdoB-RS).

Também em tom crítico, João Amoêdo (Novo) afirmou que afirmou Pazuello "cumpriu sua missão" para tratar "com descaso a pandemia, as vacinas os testes".

"Como afirmou na CPI, Pazuello cumpriu sua missão no Ministério da Saúde, que era seguir as ordens de Bolsonaro para tratar com descaso a pandemia, as vacinas, os testes, a comunicação para a população, a coordenação nacional e, principalmente, a vida dos brasileiros. Seguiu. ", escreveu.

"Pazuello diz que saiu do Ministério da Saúde com sensação de "missão cumprida". Quase 440 mil mortos. Missão cumprida...", publicou Maria do Rosário (PT).

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta usou as redes sociais para comentar indiretamente sobre o depoimento do general Eduardo Pazuello à CPI da Covid. Mandetta afirmou que chegou o "Dia D" e a "hora H". A publicação, no entanto, não cita o nome de Pazuello, que está prestando depoimento hoje no Senado.

Veja mais publicações

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.