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'Ele entende que errou', diz Mourão sobre ida de Pazuello a manifestação

Mourão avaliou como "provável" uma punição ao general por desrespeitar o regulamento da Força e as recomendações sanitárias - Isac Nóbrega/PR
Mourão avaliou como "provável" uma punição ao general por desrespeitar o regulamento da Força e as recomendações sanitárias Imagem: Isac Nóbrega/PR

Lucas Valença

Do UOL, em Brasília

24/05/2021 10h09Atualizada em 24/05/2021 10h21

Ao chegar no Palácio do Planalto, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello "entende que errou" ao participar de ato com o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Por ser general da ativa, Pazuello pode ser punido pelo Exército, que proíbe participação de militar em ato político.

Ontem, o presidente promoveu um passeio de motocicleta com apoiadores em algumas das principais vias da capital carioca. Ao subir no trio elétrico que contou com manifestações políticas de autoridades públicas, como do próprio presidente, porém, o ex-representante da Saúde não utilizou máscaras de proteção individual, o que é recomendado pelo Ministério da Saúde.

"O que eu sei é que Pazuello já entrou em contato com o comandante colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que cometeu um erro", afirmou Mourão.

O vice-presidente também avaliou como "provável" uma punição ao general por desrespeitar o regulamento da Força e as recomendações sanitárias. Segundo ele, a atuação de Pazuello é uma "questão interna do Exército", mas que pode levar o militar à reserva para "atenuar o problema".

"Acho que o episódio será conduzido à luz do regulamento. Isso tem sido muito claro em todos os pronunciamentos dos comandantes militares e do próprio ministro da Defesa", ressaltou.

Na semana passada, Pazuello precisou depor duas vezes à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid para explicar a sua atuação à frente da Saúde.

A fala do ex-ministro aos senadores, porém, elevou a suspeita de opositores e dos considerados independentes de que o ministério foi omisso na ajuda a Manaus, capital do Amazonas, na crise gerada pela falta de oxigênio em janeiro deste ano.

No depoimento, Pazuello declarou que o problema durou apenas três dias, o que irritou os parlamentares do estado, os senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD), presidente do colegiado.