Deputado do PSL apresenta projeto para extinguir UERJ; Alerj arquivará PL
O deputado estadual Anderson Moraes (PSL) apresentou ontem na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) um projeto de lei que propõe a extinção da UERJ (Universidade Estadual do Rio). Ao UOL, a Alerj informou que o projeto não será votado.
O PL deveria ser aprovado em comissões antes de ir ao Plenário, mas o texto não será submetido. Na hipótese de chegar ao Plenário, diz a Alerj, o projeto será arquivado.
A proposta prevê que os alunos da UERJ sejam transferidos para universidades privadas. Segundo o texto, os bens móveis e imóveis da instituição seriam vendidos, com valor revertido para bolsas de estudo para pessoas de baixa renda.
"Protocolamos projeto de lei que dispõe sobre a extinção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ - e a transferência da oferta de vagas à instituições privadas. BALBÚRDIA nas universidades custeadas com o dinheiro do povo, nós não iremos aceitar!", escreveu o deputado nas redes sociais.
Na justificativa do projeto, o parlamentar cita o orçamento da universidade pública e denúncias de suposta "prática de crimes e festas" no campus.
"Outro ponto a ressaltar é o aparelhamento ideológico de viés socialista na universidade, com clara censura ao pensamento acadêmico de outras linhas de visão de mundo, inclusive mediante agressão física e verbal contra estudantes e professores que pensam de forma contrária a tal ideologia", diz o texto.
A proposta gerou polêmica e a UERJ se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter na manhã de hoje. Alguns parlamentares criticaram a proposta.
"Um deputado bolsonarista, aliado do governador Cláudio Castro, quer acabar c/ a UERJ, uma das universidades mais importantes do país", escreveu o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ). "Bolsonaristas desprezam a Educação pública, eles querem que a universidade seja um privilégio de quem tem dinheiro p/ pagar. Nós vamos derrotá-los", completou.
A deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) também defendeu a universidade. "A Universidade mais popular do estado, a primeira a ter cotas para negros e negras. Além de anti-ciência e anti-soberania, eles são também anti povo! A UERJ fica!", escreveu.
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