Líder do governo valoriza governadores na CPI, mas vê 'manobra' de Randolfe
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), valorizou hoje a convocação de governadores para serem ouvidos na CPI da Covid. Entretanto, ele criticou o requerimento de convocação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que viu como uma "manobra" de Randolfe para evitar depoimentos justamente de governadores e prefeitos.
O pedido de convocação de Bolsonaro ainda precisa ser votado pela CPI. Ele foi feito por Randolfe, que é vice-presidente da comissão, por entender que o presidente da República teve participação "direta ou indireta" nos fatos apurados pela CPI.
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Em entrevista à CNN Brasil, Bezerra disse que a convocação de nove governadores em exercício do mandato e o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel atende a uma decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de não investigar apenas o governo federal na condução da pandemia de covid-19.
A Convocação de nove governadores atende a esse propósito, e com certeza o governo se sente parcialmente atendido, no sentido que a CPI não seja mero palanque político, mas que possa acompanhar a boa aplicação dos recursos federais.
Fernando Bezerra, líder do governo no Senado
Bezerra ainda argumentou que a convocação de Bolsonaro não deve ser aprovada, já que há um consenso entre os senadores da CPI de que o presidente da República não pode depor, pois isso poderia ser interpretado como uma intervenção do poder Legislativo no Executivo.
Eu acho que carece de fundamento legal esse tipo de convocação [de Bolsonaro]. A matéria está pacificada nos tribunais superiores. Entendo como manobra do Randolfe para barrar a convocação de governadores e prefeitos. Mas na reunião fechada que tivemos ficou pacificado que no primeiro momento governadores serão chamados e no segundo momento temos que definir critérios para chamar prefeitos.
Fernando Bezerra, líder do governo no Senado
Além da convocação dos governadores, também foi definido hoje pela CPI que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, terão que voltar à comissão para prestar novos depoimentos.
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