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Flávio Bolsonaro vai à Justiça para acessar investigação feita pela Receita

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, na CPI da Covid - MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, na CPI da Covid Imagem: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

02/06/2021 16h55Atualizada em 02/06/2021 17h02

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Patriotas) afirmou hoje que vai acionar a Justiça após reportagens publicadas hoje informarem que a Receita Federal rastreou, a pedido do parlamentar, investigações envolvendo integrantes e pessoas próximas à família Bolsonaro.

A pesquisa feita a pedido da defesa de Flávio custou R$ 490,5 mil à Receita, pagos ao Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), órgão responsável pela guarda das informações dos sistemas da Receita. O valor foi obtido pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação e publicada hoje pelo site Metrópoles.

Segundo a nota assinada pelos advogados do senador, Luciana Pires, Rodrigo Roca e Juliana Bierrenbach, eles foram "surpreendidos" pelas "insinuações" das reportagens.

"Cabe esclarecer que o pedido feito pela defesa se restringiu ao senador Flávio Bolsonaro e sua esposa, Fernanda, e que tal demanda foi negada formalmente pela Receita Federal. Diante da revelação do fato de que a pesquisa requerida foi realizada e somente após seu resultado foi indeferido o pedido a seu acesso, a defesa pedirá, na Justiça, acesso aos dados obtidos, que podem provar o uso indevido da máquina pública para tentar incriminar o senador Flávio Bolsonaro", diz a nota divulgada pelos advogados.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o rastreamento abrangeu 22 sistemas de dados da Receita entre janeiro de 2015 e setembro de 2020.

A pesquisa foi solicitada pelos advogados para entender como os dados ficais do senador foram investigados pelo Coaf (órgão federal de inteligência financeira). Foi um relatório feito pelo órgão sobre as movimentações financeiras do senador que originou a investigação das "rachadinhas".