Topo

Esse conteúdo é antigo

Aziz diz que vai intimar bilionário Wizard se ele não comparecer à CPI

O empresário Carlos Wizard é apontado como um dos conselheiros do ex-ministro Eduardo Pazuello - Marcos Correia/Divulgação
O empresário Carlos Wizard é apontado como um dos conselheiros do ex-ministro Eduardo Pazuello Imagem: Marcos Correia/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

13/06/2021 21h59Atualizada em 14/06/2021 11h35

Presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) declarou na noite de hoje (13) que caso o empresário Carlos Wizard não compareça à comissão ele fará uma convocação coercitiva. Wizard atuou como conselheiro informal do governo federal na pandemia.

"O Wizard... Está confirmado quinta-feira [o depoimento dele à CPI]. Agora, ele não respondeu nenhum documento que nós mandamos, ele não está no Brasil, segundo informações que nós tivemos. Iremos mantê-lo, ficará de sobreaviso, será comunicado com antecedência, o Alexandre [Figueiredo Costa e Silva Marques] do TCU. Caso o Wizard não esteja na quinta, na quinta nós chamaremos o Alexandre. Se ele [Wizard] não vier, nós iremos pedir para ele ser chamado coercitivamente na CPI", declarou Aziz em entrevista à Globonews.

Na sexta-feira, a CPI aprovou a quebra de sigilo telefônico de Wizard, apontado como um dos conselheiros do governo no "gabinete paralelo". Defensor do chamado "tratamento precoce" e contrário ao lockdown, o empresário chegou a ser indicado para ocupar um cargo formal no Ministério da Saúde, mas o Executivo acabou desistindo da nomeação.

Um grupo de senadores já havia ventilado a possibilidade de condução coercitiva de Wizard diante da falta de retorno às convocações. O próprio Aziz chegou a mencionar a intenção caso ele não respondesse até a próxima semana.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado em versão anterior deste texto, um grupo de senadores já havia ventilado a possibilidade de condução coercitiva de Wizard, e não de Aziz. A informação foi corrigida.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.