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Omar diz que Facebook e YouTube podem se tornar investigados pela CPI

Do UOL, em São Paulo

22/06/2021 10h05Atualizada em 22/06/2021 10h58

O senador e presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), disse hoje que Facebook e YouTube podem ser investigados pela comissão. As empresas já foram convidadas a prestar depoimento.

"Prescrever medicamentos via YouTube, Instagram, Twitter, isso é um crime. Eles estão sendo convocados como testemunhas, mas poderão passar a ser investigados se a comissão assim decidir então é bom eles virem aqui e explicar direitinho que plataforma é essa que permite, numa doença tão difícil e dolorida para o Brasil, ainda permite a propagação de medicamentos que não tem nenhum tipo de resultado científico".

Na semana passada, o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que iria protocolar pedidos de convocação das plataformas Facebook e YouTube contra lives semanais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que, segundo Randolfe, usa as plataformas para divulgar "notícias sem lastro na ciência".

"Por muito menos, o Twitter e o Facebook baniram o senhor Donald Trump [então presidente dos Estados Unidos]. Repito: não se trata de censura, o presidente pode falar as besteiras que quiser, onde quiser, só não pode comprometer a vida dos brasileiros", justificou Randolfe.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.