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"Hoje a verdade venceu", comemora Lula após decisão do STF sobre Moro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  - Ricardo Stuckert/Twitter
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Imagem: Ricardo Stuckert/Twitter

Colaboração para o UOL

23/06/2021 18h37

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou hoje a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que confirmou a parcialidade do ex-juiz federal Sergio Moro ao julgar o petista no processo do tríplex do Guarujá (SP).

Por 7 votos a 4, o Supremo confirmou a decisão de abril da Segunda Turma, quando já havia decretado a suspeição de Moro. Com isso, todas as decisões tomadas pelo ex-juiz no caso serão anuladas. O processo será retomado do início na Justiça Federal de Brasília, para a qual foi transferido em abril.

"Tem muita coisa na minha vida que só pode ter o dedo de Deus. As pessoas iam me visitar na prisão, já entravam chorando. E daí eu tinha que animar elas. E eu só tinha como resistir se tivesse fé. Me apegava naquilo... os justos vencerão. E hoje a verdade venceu. Hoje o STF decidiu que o Moro foi parcial", afirmou Lula.

Em nota, a defesa do ex-presidente disse, mais cedo, que o veredito "encerra definitivamente o debate sobre duas verdades cristalinas".

"O ex-juiz Sergio Moro nunca teve competência para processar os casos envolvendo Lula e agiu de forma parcial, com motivações políticas, ao condená-lo", avaliou a defesa.

Os advogados de Lula disseram, ainda, que o julgamento "restabelece a inocência do ex-presidente" diante de "acusações e sentenças ilegais". Para a defesa, o petista foi vítima da Operação Lava Jato. O ex-presidente foi condenado no caso do tríplex em julho de 2017.

Segundo eles, "a anulação de quatro ações de Curitiba soma-se a outras 11 decisões judiciais nas quais Lula foi plenamente absolvido ou teve processos arquivados, diante da inconsistência das denúncias". Segundo os advogados do petista, apesar de importantes, as decisões não podem "reparar os 580 dias de prisão ilegal, as violências e o sofrimento infligidos a Lula e sua família ao longo destes cinco anos".