Barroso suspende condução coercitiva para Wizard depor à CPI da Covid
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu uma ordem de condução coercitiva que havia emitido para obrigar o empresário Carlos Wizard, investigado pela CPI da Covid, a prestar depoimento à comissão. A decisão foi tomada porque Wizard já se comprometeu a falar ao Senado no próximo dia 30.
Suspeito de financiar o chamado gabinete paralelo, que teria orientado o governo no combate à pandemia à margem do Ministério da Saúde, Wizard tinha depoimento agendado para o último dia 17, mas não apareceu. O empresário, segundo seus advogados, foi aos Estados Unidos no fim de março para acompanhar o tratamento de saúde do pai.
Com a ausência de Wizard, a Justiça Federal autorizou que ele tivesse o passaporte retido após seu retorno ao Brasil. Na sequência, Barroso autorizou que o empresário fosse levado coercitivamente a depor. Quatro dias depois, porém, a defesa de Wizard procurou o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, e acertou o depoimento do empresário para o próximo dia 30.
Diante desse compromisso, Barroso considerou que a ordem de condução coercitiva não era mais necessária. "De fato, tendo em vista que o paciente assumiu o compromisso expresso de comparecer perante a CPI referida, tenho por injustificada e desnecessária, neste exame cautelar da causa, a manutenção da ordem de condução coercitiva do paciente", escreveu o ministro.
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