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CPI da Covid aprova convocação de Ricardo Barros e de diretor exonerado

Ricardo Barros foi convocado para depor na CPI da Covid - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Ricardo Barros foi convocado para depor na CPI da Covid Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Fábio Castanho e Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

30/06/2021 11h05Atualizada em 30/06/2021 12h10

A CPI da Covid aprovou hoje convocação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e do ex-servidor do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias.

Dias, exonerado nesta manhã do cargo de diretor de Logística em Saúde da pasta, é citado como autor de suposta de cobrança de propina em uma negociação para compra de vacinas contra a covid-19, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

A aprovação dos requerimentos foi definida em votação em bloco. Entre os outros nomes aprovados está o retorno à CPI do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que denunciou possíveis irregularidades na compra do imunizante indiano Covaxin.

Também foi convocado Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply, empresa que tentou negociar com o governo de Jair Bolsonaro a venda de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

Pereira foi o responsável por acusar, em entrevista à Folha, o ex-servidor Roberto Ferreira Dias de cobrar propina de US$ 1 por dose na negociação para aquisição dos lotes da AstraZeneca.

Na sessão, o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), também divulgou uma previsão de depoimentos para os próximos dias, que ainda será confirmada.

  • quinta-feira (1/7) - Francisco Maximiano, dono da Precisa
  • sexta-feira (2/7) - Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply,
  • terça-feira (6/7) : Luis Miranda, deputado federal
  • quarta-feira (7/7) - Roberto Ferreira Dias
  • quinta-feira (8/7) - Ricardo Barros, deputado federal

Ricardo Barros

Ricardo Barros é apontado como suspeito de participação em suposto esquema de compra ilícita da vacina indiana Covaxin —o que ele nega.

Em depoimento à CPI, na semana passada, o deputado Luís Miranda disse que o presidente citou o nome do líder governista na Câmara quando foi informado por ele e por seu irmão, em 20 de março, sobre irregularidades envolvendo o contrato de R$ 1,6 bilhão assinado pelo ministério com a Precisa Medicamentos (intermediadora da compra das 20 milhões de doses da Covaxin). Ontem, o Ministério da Saúde anunciou que vai suspender a negociação.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.