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PSOL pede cassação de Ricardo Barros ao Conselho de Ética da Câmara

PSOL alega que Ricardo Barros desonrou o cargo para o qual foi eleito e que abusou de prerrogativas para cometer ilegalidades - Valter Campanato/Agência Brasil
PSOL alega que Ricardo Barros desonrou o cargo para o qual foi eleito e que abusou de prerrogativas para cometer ilegalidades Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

01/07/2021 12h25Atualizada em 01/07/2021 12h44

O PSOL entrou com uma representação contra o líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O partido afirma que Barros se utilizou da importância que tem no governo para ser o "intermediador político de quase todas as fases de negociação da Covaxin".

A sigla alega ainda que Barros "desonrou o cargo" para o qual foi eleito e que abusou de prerrogativas para cometer "ilegalidades e irregularidades". A legenda partidária também pediu a cassação de mandato.

Entre os argumentos utilizados pelo PSOL para destituir Ricardo Barros do cargo está o depoimento do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid. Miranda citou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que Barros seria um dos parlamentares que queria fazer "rolo" no Ministério da Saúde.

Em face das gravíssimas violações à Constituição Federal, ao Código de Ética e ao ordenamento jurídico, havendo o Representado agido ilegal e abusivamente e de modo incompatível ao decoro parlamentar, impõe-se a cassação do mandato do Representado
Trecho da representação do PSOL entregue ao Conselho de Ética

O PSOL afirmou em seu site oficial estar claro que Barros cometeu ato de corrupção ao agir em favor da Precisa Medicamentos.

Também não restam dúvidas que o presidente Jair Bolsonaro sabia do esquema
PSOL

O UOL procurou a assessoria de Ricardo Barros para saber se o deputado pretende se pronunciar a respeito da representação protocolada pelo PSOL e aguarda um retorno.

Barros se defende nas redes sociais

O deputado Ricardo Barros negou ter relação direta com a nomeação do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, exonerado após o suposto caso de propina em negociações de aquisição da vacina AstraZeneca.

O servidor da pasta foi apontado como o responsável por sugerir o valor de US$ 1 por dose de imunizantes.

Em relação à matéria da Folha, reitero que Roberto Ferreira Dias teve sua nomeação no Ministério da Saúde no início da atual gestão presidencial, em 2019, quando não estava alinhado ao governo. Repito a informação que já disse à imprensa: não é minha indicação. Desconheço totalmente a denúncia da Davatti
Ricardo Barros

Dias foi nomeado durante a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta e teria sido indicado pelo líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).