Força Brasil enviou 2 integrantes a reunião sobre vacina, diz reverendo
O Instituto Força Brasil, que levou vendedores de vacina da Davati ao Ministério da Saúde, enviou dois integrantes para reunião do dia 12 de março sobre a compra de doses da AstraZeneca, confirmou hoje o reverendo Amilton Gomes de Paula na CPI da Covid.
Além de Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, a CPI agora tem a informação de que o diretor executivo do Instituto Força Brasil também participou do encontro.
Em 12 de março, uma sexta-feira, Elcio Franco se reuniu com dois representantes da Davati, o vendedor Paulo Dominghetti e o empresário Cristiano Carvalho, representante oficial da Davati no Brasil. A informação do encontro foi dada por Carvalho à CPI da Covid e consta em mensagem de celular do telefone de Dominghetti, periciado em depoimento dele à comissão.
"Então o Instituto Força Brasil foi protagonista na reunião do dia 12", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O reverendo Amilton Gomes de Paula é suspeito de intermediar uma venda supostamente superfaturada da AstraZeneca ao Ministério da Saúde, sem a autorização da farmacêutica —em 29 de junho, Dominghetti foi à imprensa para denunciar um suposto pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina por parte de Roberto Dias, ex-diretor do departamento de logística do Ministério da Saúde.
Em depoimento à Comissão em julho, Carvalho indicou que foram buscados dois caminhos para a venda de vacinas junto ao Ministério da Saúde: um seria através do coronel Blanco e Roberto Dias; o outro, que chegou ao coronel Élcio Franco, por intermédio do Instituto Força Brasil, liderado por Helcio Bruno.
Na ocasião, o empresário falou em "intermediação" do reverendo Amilton, via Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), que, apesar do que o nome possa levar a entender, é uma instituição privada.
"O advogado do Instituto Força Brasil foi nos buscar no aeroporto com alguns funcionários da Senah, da Secretaria de Assuntos Humanitários, e nos levou à sede do Instituto Força Brasil", disse Carvalho.
O Força Brasil chegou a fazer contato com grupos de médicos para desenvolver uma ferramenta de telemedicina, que permitisse a eles atender os pacientes interessados de forma remota. O objetivo seria o de criar um aplicativo para oferecer o chamado "tratamento precoce", sem comprovação científica contra a covid-19.
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