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Com Serra licenciado, saiba quem são os três senadores de São Paulo

22.fev.2017 - José Aníbal (PSDB-SP) - Geraldo Magela/Agência Senado
22.fev.2017 - José Aníbal (PSDB-SP) Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

10/08/2021 22h41Atualizada em 11/08/2021 15h03

O senador José Serra (PSDB-SP) anunciou hoje sua licença do cargo para se tratar da doença de Parkinson. No lugar dele, assume o suplente José Aníbal, que se junta a Giordano (PSL-SP) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) nas vagas paulistas do Senado.

A equipe do senador confirmou hoje o seu afastamento do cargo pelos próximos quatro meses. Serra, de 79 anos, passou por avaliações neurológicas que foram finalizadas na última semana e indicaram que o senador tem a doença em estágio inicial. Segundo sua equipe, seu estado de saúde é bom.

José Aníbal

Seu suplente é um político de longa data do PSDB. Nasceu em Guajará-Mirim, no estado de Rondônia. É economista e estudou com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Fez parte da fundação do PT, mudou-se para o então PMDB e, a convite de Mário Covas, se juntou ao PSDB em 1990.

Foi eleito deputado federal cinco vezes, além de ter sido presidente do PSDB e líder do partido na Câmara dos Deputados. Também foi secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico de São Paulo durante o governo do tucano Geraldo Alckmin.

Esta não é a primeira vez que Aníbal assume a vaga de José Serra no Senado. Em 2016, quando Serra se tornou ministro das Relações Exteriores do então presidente Michel Temer, Aníbal ocupou o cargo até 2017.

O nome de Aníbal chegou a aparecer nas denúncias de um suposto cartel do Metrô de São Paulo, durante o governo Serra. O inquérito, porém, foi arquivado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2015.

Giordano

Alexandre Luiz Giordano também era suplente quando assumiu, em março deste ano, a vaga que era de Major Olímpio, morto em decorrência da covid-19.

O senador nasceu na cidade de São Paulo e tem 47 anos. Foi eleito como primeiro suplente de Olímpio em 2018. Segundo sua biografia no site do Senado Federal, "Giordano é dono de cinco empresas, que oferecem serviços como manejo de estruturas metálicas, comércio de metais e mineração".

Em seu discurso de posse, ele ressaltou que trabalhou com sua mãe vendendo cachorro-quente na 25 de Março, tradicional rua de comércio popular no centro de São Paulo.

Antes de se mudar para o PSL, partido do então candidato presidenciável Jair Bolsonaro, Giordano foi filiado ao PSDB de 2016 a 2017, mas nunca chegou a se candidatar pelo partido.

Antes de assumir o cargo, o nome de Giordano ganhou repercussão devido ao escândalo da usina de Itaipu, em 2019. Seu nome apareceu em documentos de negociação com políticos paraguaios, causando diversos pedidos de impeachment na época contra o presidente Mário Abdo Benítez.

Mara Gabrilli

Foi eleita em 2018 pelo PSDB para a vaga paulista no Senado. Antes, foi secretária da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo, vereadora na Câmara Municipal de São Paulo e deputada federal por dois mandatos consecutivos.

Também em 2018, foi eleita a primeira brasileira a representar o país no Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU (Organização das Nações Unidas).

Sua atuação é voltada principalmente para as pessoas com deficiências e doenças raras. Em 1994, ela sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica.

Na última eleição presidencial, Mara Gabrilli afirmou não ser igual Bolsonaro nem apoiá-lo integralmente. Disse que votaria contra o "PT, Haddad e Lula".

O afastamento de Serra

Segundo comunicado da equipe de Serra, o senador está bem, mas o tratamento requer um período de adaptação. Ele vai usar o mesmo período para também tratar um distúrbio do sono.

A escolha de pedir licença do cargo se deu para que sua cadeira não ficasse vazia. "A decisão também evitará eventuais paralisações no andamento dos projetos em favor do país", diz o texto enviado à imprensa.

O senador está seguro de que, ao final desse período, retomará suas atividades com toda a disposição e proatividade que vêm pautando sua atuação no Senado desde 2015.
Comunicado de imprensa

No dia 22 de junho deste ano, Serra foi internado após ter diagnóstico positivo para a covid-19. O senador já estava vacinado com as duas doses da vacina e não teve sintomas, apesar de ter tratado uma pneumonia leve.

Logo em seguida, ele foi submetido a um cateterismo e à colocação de um stent em uma das artérias do coração, após realizar exames de rotina.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informou a primeira versão deste texto, Mara Gabrilli não declarou apoio a Jair Bolsonaro em 2018.