'Presidente vive em bolha imaginária', diz Alessandro Vieira sobre desfile
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), disse, hoje, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "vive numa bolha imaginária" ao comentar o desfile militar que o mandatário acompanhou nesta manhã, em Brasília.
Em entrevista à Globonews, o parlamentar avaliou que não faz sentido colocar tanques nas ruas no momento em que o país precisa de comida e vacina.
"Nós tentamos na justiça evitar esse desfile bizarro, não por desrespeito às forças armadas, que têm seu espaço como instituição, mas pelo emprego devido como mecanismo de propaganda e intimidação. A República brasileira precisa, cada vez mais, de discernimento e de mundo real. Nosso presidente vive no mundo da lua", disse ele.
Suplente da CPI da Covid, Vieira falou ainda sobre sua expectativa para o depoimento do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), previsto para quinta-feira (12).
O nome dele teria sido mencionado pelo presidente Bolsonaro em supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Barros nega irregularidades.
"Ricardo Barros tem muita coisa para explicar para a CPI e para o Brasil. Ele vinha mostrando muita vontade de falar e na quinta-feira ele vai ter essa oportunidade. A gente espera que ele consiga responder as várias situações que envolvem o nome dele em negociatas na saúde seja na atuação nessa mistura de política e dinheiro que Brasília conhece há tanto tempo", disse.
O senador também afirmou que o voto impresso "é a solução errada para um problema que não existe", ressaltando que desde a adoção das urnas eletrônicas no Brasil, em 1996, nunca houve comprovação de fraude nas eleições.
A PEC (proposta de emenda à Constituição) 135/19, que estabelece o voto impresso, irá para votação no plenário da Câmara dos Deputados hoje.
"Como eu digo, o presidente usa esse mundo virtual para manter mobilizado uma base e vai criando inimigos, verdadeiros ou imaginários a cada instante, para desfocar daquilo que é realidade: um país que não tem gestão, não tem um plano de nação, não tem projeto de resgate econômico e que sofre hoje com as consequências da pandemia. É só mais uma etapa desse teatro que a gente vai ter que viver, se não tiver impeachment, até 2022."
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