Roberto Jefferson chega a cadeia no Rio após ter prisão decretada pelo STF
O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, chegou por volta das 16h ao presídio de Benfica, no Rio de Janeiro após ter a prisão decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito do inquérito que ficou conhecido como das "milícias digitais".
Do local, o ex-parlamentar poderá seguir para o complexo de Bangu.
O ex-deputado federal foi detido pela Polícia Federal na manhã de hoje, na casa dele, localizada no município do interior do Rio de Janeiro, Comendador Levy Gasparian. Mais cedo, ele passou pelo IML (Instituto Médico Legal) e pela Superintendência da Polícia Federal, para dar entrada no sistema prisional.
Prisão
A prisão de Roberto Jefferson foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, acolhendo o pedido feito pela Polícia Federal no inquérito das milícias digitais.
Segundo a decisão, o núcleo virtual político atua como uma organização criminosa que tem como objetivo "desestabilizar as instituições republicanas", alvo de investigações da PF.
A organização foi descrita pelo ministro como tendo "forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhantes àqueles identificados no Inquérito 4.781 [inquérito das 'fake news'], com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito".
Além da prisão preventiva em Comendador Levy Gasparian, no Rio, o ministro também determinou a busca e apreensão de armas e munições de propriedade de Jefferson "bem como de computadores, 'tablets', celulares e outros dispositivos eletrônicos".
Nota do PTB sobre a prisão de Jefferson
O Diretório Nacional do PTB se manifestou em nota sobre a prisão do presidente da sigla. De acordo com a legenda, a detenção foi recebida com "incredulidade" e "surpresa".
O PTB classificou como "arbitrária" a decisão do STF pela prisão do ex-deputado e alegou que o ato demonstra a tentativa de "censurar o presidente da legenda".
"Este é mais um triste capítulo da perseguição aos conservadores. Nosso partido espera que a justiça veja o quão absurda é este encarceramento. No momento, aguardamos os desdobramentos futuros para nos pronunciarmos acerca das medidas a serem adotadas", escreveu em nota o PTB.
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