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Roberto Jefferson tem 'mal gástrico' e é atendido em UPA de presídio no Rio

Roberto Jefferson passou por exames, foi medicado e, após avaliação, recebeu alta e voltou para a cela - Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo
Roberto Jefferson passou por exames, foi medicado e, após avaliação, recebeu alta e voltou para a cela Imagem: Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

30/08/2021 22h13Atualizada em 30/08/2021 22h23

Preso desde o último dia 13, o ex-deputado federal Roberto Jefferson passou mal hoje e foi encaminhado para atendimento médico à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio de Janeiro.

Em nota, a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que Jefferson solicitou atendimento "alegando um mal-estar gástrico". Ainda segundo a pasta, o presidente nacional do PTB passou por exames, foi medicado e, após avaliação médica, recebeu alta e já voltou para a cela.

A Seap informa que o interno Roberto Jefferson solicitou atendimento médico alegando um mal-estar gástrico, na tarde desta segunda-feira (30/08), e foi encaminhado ao Pronto-Socorro Hamilton Agostinho (UPA), no Complexo de Gericinó. O mesmo passou por exames e foi medicado. Após avaliação médica, o interno recebeu alta e já está retornando para a unidade.
Seap, em nota

Roberto Jefferson foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por suspeita de envolvimento com uma milícia digital contra a democracia. Durante sua audiência de custódia, ele pediu que sua prisão fosse convertida em domiciliar por causa de problemas de saúde.

Na audiência, também alegou ter cerca de R$ 6 mil em conta corrente, não possuir aplicações e nem poupança. No entanto, ele recebe R$ 46 mil por mês de duas fontes: a aposentadoria da Câmara dos Deputados e uma espécie de salário do PTB.

Denúncia da PGR

Mais cedo, a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou denúncia contra Roberto Jefferson por incitação ao crime e homofobia. A informação foi antecipada pela CNN Brasil e confirmada pela reportagem do UOL. O documento, datado de 25 de agosto, é assinado pela subprocuradora Lindôra Araújo e foi enviado ao STF na semana passada.

A denúncia foi motivada por entrevistas e publicações em que o ex-deputado estimulou a população a atacar o Congresso Nacional, o STF e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

"Nos dias 21/2, 24/5, 23/7, 26/7, 28/7 e outros em 2021, por meio de publicações em redes sociais e de entrevistas concedidas, Roberto Jefferson praticou condutas que constituem infrações penais previstas no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor", diz um trecho do documento, ao qual o UOL teve acesso.

No ofício, a PGR detalha publicações nas redes sociais e entrevistas concedidas por Jefferson a alguns veículos de comunicação e diz que o ex-deputado "praticou condutas que constituem infrações penais previstas no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei que define os crimes resultantes de preconceito de preconceito raça ou cor".

Em falas relatadas na denúncia, Jefferson ameaça invadir o Congresso Nacional e ataca instituições como o STF. A PGR também lista declarações do político sobre "colocar para fora a pescoção os senadores" que compõem CPI da Covid e sobre "botar fogo no Tribunal Superior Eleitoral" em protesto a favor do voto impresso.

Também é reproduzida uma entrevista em que o ex-deputado compara a população LGBT a drogados e traficantes.

Em contato com o UOL, a defesa de Roberto Jefferson informou que se manifestará em breve.

(Com Estadão Conteúdo)