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Bloqueios de caminhoneiros seguem em 3 estados, mas sem interdição total

Do UOL, em São Paulo*

10/09/2021 09h07Atualizada em 10/09/2021 10h23

O Ministério da Infraestrutura informou, em boletim divulgado por volta das 8h30, que os bloqueios promovidos por caminhoneiros desde a última terça-feira (7) perderam força e não há pontos de interdição total de faixas nas rodovias federais na manhã de hoje.

De acordo com o boletim, três estados seguem com pontos de concentração com abordagem a caminhoneiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rondônia. Em Mato Grosso e Pará foram identificadas aglomerações sem prejuízo ao livre fluxo de veículos.

Os bloqueios tiveram início durante os atos de caráter golpista de 7 de Setembro convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e chegaram a afetar o fluxo em rodovias federais de 16 estados na noite de quarta-feira (8).

Porém, os protestos começaram a perder força ao longo do dia de ontem. O próprio presidente gravou uma mensagem pedindo para que os caminhoneiros liberassem o fluxo das estradas, apesar de os bloqueios terem sido organizados em seu apoio.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, o número de ocorrências em rodovias federais caiu 45% desde a noite de ontem. Estados que tinham registrado concentração de caminhoneiros, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santos e Paraná têm fluxo livre nas rodovias, segundo o boletim.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, três pontos de bloqueio de caminhoneiros permanecem ativos no estado. Não há informações sobre os locais de bloqueio no Rio Grande do Sul e Rondônia.

Pauta política

Desde o início dos bloqueios, o Ministério da Infraestrutura diz que os atos não são organizados por qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas e a composição das mobilizações é heterogênea, "não se limitando a demandas ligadas à categoria."

Ontem, Bolsonaro recebeu caminhoneiros que estavam em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, e disse ter sido informado que o movimento da categoria iria até domingo. O presidente também baixou o tom contra o Supremo em uma nota oficial.

Além do apoio à pauta contrária ao STF impulsionada por Bolsonaro, caminhoneiros que participaram da mais recente mobilização da categoria mantiveram queixas recentes como contra a alta do preço dos combustíveis e o valor do frete.

Em nota, a NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) criticou a paralisação e disse que "trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos".

*Com informações da agência Reuters.