Senadores criticam brincadeiras de Hang após ironias com a CPI da Covid
A CPI da Covid ouve hoje o empresário Luciano Hang, dono da varejista Havan. Há expectativa nos bastidores da comissão de que o depoimento será tenso e marcado por disputas e provocações.
O senador Otto Alencar (PSD-BA), membro da comissão, afirmou que se o empresário que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) brincar com os parlamentares, "vai se dar muito mal".
Na segunda-feira (27), Hang postou um vídeo com ironia em relação à convocação para comparecer ao Senado. Ele aparece algemado e desafiou os parlamentares.
"Eu acho que ele [Luciano Hang] é um empresário bem-sucedido, mas é também uma figura exótica e disse que ia comprar as algemas para dar aos senadores, brincando aqui com o Senado. Não adianta ele chegar aqui com algemas e vestido de verde parecendo um papagaio. Vamos ter que arrumar uma gaiola para ele também. É muito mais adequado do que as algemas. A CPI não é lugar de brincadeira. Se ele vier brincar aqui, ele vai se dar muito mal", disse Alencar à CNN Brasil.
Ao contrário de grande parte dos ouvidos pela comissão, Hang não recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir um habeas corpus que permita que ele se cale em seu depoimento.
Na manhã de hoje, ele postou uma citação bíblica nas redes sociais e disse que irá sozinho, mas sabe que Deus e seus seguidores estarão com ele.
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) disse à GloboNews que a CPI já tem elementos suficientes que induzem responsabilidade de diversas pessoas, inclusive do depoente de hoje.
"Se a presidência constatar que está havendo uma autopromoção, eu acho que seria prudente cancelar o depoimento porque você não precisa de uma confissão, daí o trabalho de investigação", explicou.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, disse esperar que o empresário contribua com informações relacionadas ao caso da Prevent Senior.
A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.
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