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Políticos pregam união, mas PCO critica Ciro Gomes em carro de som

Ciro Gomes participou de ato no Rio; à tarde, deve ir à manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo - Reprodução/Twitter
Ciro Gomes participou de ato no Rio; à tarde, deve ir à manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo Imagem: Reprodução/Twitter

Juliana Arreguy e Letícia Mutchnik

Do UOL, em São Paulo

02/10/2021 15h19Atualizada em 20/07/2022 21h01

No principal carro de som do ato contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Avenida Paulista, em São Paulo, o PCO (Partido da Causa Operária) criticou Ciro Gomes (PDT), uma das lideranças confirmadas para a manifestação desta tarde, contrariando pedidos de união de outros políticos presentes no local.

Ciro deve discursar no mesmo carro em que foi criticado pelo PCO. O movimento é o que mais preocupa as lideranças de esquerda por trás do ato por receio de tumulto com a polícia e com militantes de outros partidos — como os do PDT, que vaiaram os ataques a Ciro.

O ato de hoje tem confirmados nomes como a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e o deputado Junior Bozzella (PSL-SP). Além de Ciro, outros ex-presidenciáveis também tiveram a presença confirmada, como Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Heloísa Helena (Rede).

Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, gravou relato em vídeo que será exibido no ato.

O vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT-SP) comparou a união de políticos de espectros divergentes ao movimento das Diretas Já.

"Eu participei da campanha das Diretas Já com a união das forças progressistas", disse ele ao UOL. "Não vamos permitir qualquer golpe de estado que impeça a escolha do povo brasileiro daquele escolhido em outubro de 2022. Estou aqui unido a todas as forças que querem a força da democracia", acrescentou.

O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP) endossou a fala de Suplicy e acrescentou que o ato de hoje serve de teste para outras manifestações contra Bolsonaro, em particular no dia 15 de novembro.

"Hoje é um ato de 'esquenta' para 15 de novembro. Hoje é uma preparação, acumulação de forças. Já tem vários partidos e movimentos, muita gente vindo do interior, quilombolas, comunidades. Só não vale fascista. Até liberal pode, desde que liberal de verdade, liberal civilizado. Aí tem diálogo na pauta em defesa da democracia", disse.

"A união é feita contra o próprio fascismo, o bolsonariamo", observou Giannazi.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que constava no texto, Eduardo Suplicy é vereador, e não deputado, e Carlos Giannazi é deputado estadual, e não vereador. As informações foram corrigidas.