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Para vencer Lula e Bolsonaro, Doria diz que pode abrir mão de candidatura

Governador João Doria (PSDB-SP) - Reprodução
Governador João Doria (PSDB-SP) Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL

04/10/2021 23h06Atualizada em 05/10/2021 07h10

A um ano das eleições presidenciais do Brasil, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é um dos possíveis candidatos ao cargo do Executivo e representaria a terceira via, como ficou conhecida a alternativa de voto ao atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ex-presidente Lula (PT).

Em entrevista à Veja, o governador afirmou que pode desistir de ser candidato a presidente se for para beneficiar a terceira via, que ainda não definiu um representante para o próximo ano. "Se ficarmos fracionados, não teremos uma terceira via. Teremos Lula ou Bolsonaro sucedendo a esse governo, o que seria um desastre", falou.

Para Doria, caso um dos dois assuma a presidência, "o Brasil não vai resistir".

Todos nós que somos pré-candidatos temos que ter a humildade de abrirmos mão, se necessário, em torno de um nome que possa ser vencedor.
João Doria, governador de SP, em entrevista à Veja

Semana passada, o tucano foi visto jantando com os ex-ministros Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta, outras possibilidades para representar a terceira via. Segundo Doria, a reunião foi apenas para diálogo, sem nenhuma decisão concreta tomada.

Além deles, nomes como Ciro Gomes (PDT) e Eduardo Leite, colega de partido de Doria e o grande adversário a superar para ser o candidato do PSDB, surgem como alternativa aos dois presidenciáveis que se destacam nas pesquisas.

Em uma pesquisa divulgada semana passada pelo Poder360, Lula segue na liderança do 1º turno das eleições do ano que vem, com 40% das intenções de voto, à frente de Bolsonaro, que tem 30%.

O petista ainda ganhou força no 2º turno e hoje venceria o atual presidente, Leite e Doria, que conquistou apenas 3% das intenções de voto. Outros candidatos não foram pesquisados em um cenário contra Lula.

Na entrevista à Veja, Doria destacou: "Eu não disputarei a eleição (para governador de São Paulo)". Apesar de aparecer com percentual pequeno nas intenções de voto, o governador acredita que "temos tempo e temos eleitores".

Ele também disse que adquiriu uma certa impopularidade por ter imposto medidas de quarentena, distanciamento social e uso de máscaras no estado durante a pandemia.

Se eleito para presidente, o tucano prometeu um governo liberal e social-democrata. "Sou liberal na economia e social-democrata no combate às desigualdades, hoje não é possível ser totalmente liberal com a pobreza no Brasil", explicou.