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CPI pedirá ao TCU acesso a processo sobre motociatas de Bolsonaro

O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante motociata com apoiadores - MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante motociata com apoiadores Imagem: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

07/10/2021 17h54Atualizada em 07/10/2021 17h54

A CPI da Covid aprovou hoje um pedido de acesso ao processo sobre as motociatas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que corre no TCU (Tribunal de Contas da União).

Além de investigar os custos destes eventos e a caracterização das motociatas como campanha eleitoral antecipada, o processo também trata de aglomeração, desrespeito de medidas sanitárias pelo presidente e estímulo à disseminação do vírus.

O requerimento na Comissão Parlamentar de Inquérito foi apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que é autor de pedidos de investigação das motociatas ao TCU, ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e à PGR (Procuradoria-Geral da União).

O processo ao qual a CPI pediu acesso estava na pauta do TCU da semana passada, quando os ministros começaram a avaliar, em sessão sigilosa, se fariam uma auditoria dos passeios de moto. O julgamento do pedido, porém, foi suspenso após um pedido de vista.

Convocação de presidente de CPI do RN é aprovada

A CPI da Covid também aprovou dois requerimentos do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), para convocar o presidente da CPI do Rio Grande do Norte, o deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade), e para solicitar informações colhidas pelo colegiado, que investiga a atuação do Consórcio Nordeste na pandemia.

A comissão na Assembleia do estado apura a compra frustrada de 300 respiradores durante a pandemia por R$ 48 milhões pelo Consórcio.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.