Luiza Trajano rebate Bolsonaro e garante que não será vice de Lula em 2022
A empresária Luiza Trajano rebateu hoje as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre e disse não ter o que falar sobre o assunto. Mais cedo, sem citar nomes, Bolsonaro disse que "uma mulher" perdeu R$ 30 bilhões após declarar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apesar disso, a fala pareceu remeter à dona da rede varejista Magazine Luiza. Isso porque em um ano, entre novembro de 2020 e de 2021, a companhia teve uma queda de valor na Bolsa de Valores (B3), de R$ 26 para R$ 11,15 no valor das ações.
"Eu não tenho o que falar. Eu nunca estive com o presidente Lula, nunca fui convidada para ser vice [presidente]", afirmou, durante entrevista coletiva na Assembleia Legislativa da Paraíba, em João Pessoa.
Apesar de revelar que é "convidada em todos os partidos", da esquerda à direita, a empresária também voltou a afirmar que não será candidata a vice-presidente nas eleições de 2022. Para Luiza Trajano, a impressão é de que "precisa de uma mulher" para compor as chapas de candidatos à Presidência, mas ela diz não ter "experiência" e "condição" de assumir um cargo político.
Além disso, Bolsonaro disse que a dona da Magazine Luiza "é socialista". Questionada sobre isso, Luiza Trajano disse que "depende muito do que você vê como socialista". A empresária se limitou a dizer que é a favor do programa Bolsa Família - extinto no governo Bolsonaro e substituído pelo Auxílio Brasil -, mas também da privatização dos Correios.
"Quando eu sou a favor do Bolsa Família, eu sou de esquerda. Quando sou a favor da privatização dos Correios, eu sou direita. Eu sou a favor de causas pelo Brasil. Eu acho que a desigualdade social precisa ser enfrentada. Se isso é ser socialista, eu sou socialista", afirmou.
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